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CPTM recebeu 9.494 objetos perdidos na região no ano passado

Total devolvido aos passageiros também cresce em relação a 2022; saiba como entrar em contato com companhia em caso de perda

Renan Soares
28/01/2024 | 07:00
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Central de Achados e Perdidos da CPTM está repleta de objetos esquecidos nos trens (FOTO: Celso Luiz/DGABC)


A Central de Achados e Perdidos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) armazenou e devolveu 9.494 itens vindos das estações do Grande ABC, localizadas na Linha 10-Turquesa. O levantamento considera o número de registros no ano de 2023, nas estações São Caetano – Prefeito Walter Braido, Utinga, Prefeito Saladino, Santo André – Prefeito Celso Daniel, Capuava, Mauá, Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Os itens que chegaram à Central de Achados e Perdidos, localizada na Estação Palmeiras-Barra Funda da CPTM, representam um crescimento de 19,5% em relação aos 7.943 localizados em 2022. Deste total, 70,4% eram documentos (6.684). O número de itens devolvidos aos donos em 2023 também apresentou aumento em relação ao ano retrasado, registrando 2.729 devoluções (23,4%).

A Estação Mauá foi a que registrou o maior número de objetos encontrados em 2023: 2.617 itens saíram do local e foram encaminhados para Palmeiras-Barra Funda. Deste total, 30,7%, ou 803 objetos, voltaram para as mãos dos respectivos donos. O Diário visitou a Central de Achados e Perdidos da CPTM e constatou que os itens perdidos vão muito além das tradicionais carteiras ou celulares, já que, no espaço, foi possível observar drones, panelas, dentaduras, skates e brinquedos.

“Se o passageiro encontrou um item, seja no trem ou na estação, recomendamos que ele leve para o funcionário mais próximo. Não é preciso trazer até a Estação Barra Funda, é importante as pessoas saberem que a entrega pode ocorrer em qualquer das 57 estações do sistema, a que for mais cômoda”, informa Vandeir Souza, assessor executivo do departamento de relacionamento com o passageiro da CPTM. “A estação vai fazer um primeiro registro do item no sistema integrado da CPTM, e ele será enviado para a Barra Funda, na nossa Central de Achados e Perdidos”, finaliza.

Ele explica que a companhia busca entregar o objeto perdido para o passageiro antes mesmo dele procurar. A equipe da CPTM realiza pesquisas a partir de indícios nem sempre evidentes, como, por exemplo, cadastro de usuário da CPTM e outros sistemas de transporte, além de consultas ao Diário Oficial, e contato com organizações, instituições e pessoas que podem servir de intermediários. Já para o passageiro que vai ao local buscar uma perda, a Central realiza uma série de perguntas para retirada do item, visando identificar se a pessoa é realmente a dona do objeto. 

“O serviço é crucial, porque quem perde quer reaver. Passou pelo sistema da CPTM, procure seu item perdido, acreditando que alguém possa ter devolvido para alguma estação. Sem a crença dos passageiros, o processo fica bem mais difícil”, avalia Souza. Aos interessados em reaver bens, os itens ficam na Central de Achados e Perdidos por 60 dias e, após o período, são destinados a instituições ou para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. As exceções são cartões bancários, que são destruídos, e documentos, que são devolvidos aos órgãos emissores.

A Central de Achados e Perdidos da CPTM funciona de segunda a sexta-feira, das 08h às 16h, exceto feriados. O contato também pode ser feito pelo telefone 0800-055-0121. Assim o passageiro pode ligar e registrar a perda.

GERAL

Somente no ano passado, a Central de Achados e Perdidos recebeu 68.035 objetos deixados para trás nos trens e nas 57 estações da companhia. O número representa um aumento de 12,6% em relação a 2022. Desse total, 47.084 eram documentos (ou 69,2%).

Em 2023, a CPTM devolveu aos seus respectivos donos 21.452 itens, uma quantidade 24% superior ao que foi devolvido nos 12 meses anteriores. Destes mais de 21 mil itens, 10.146 (ou 47,3%) foram devolvidos aos passageiros por busca ativa. 




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