A divulgação da lista com as principais indústrias emissoras de CO2 no Estado é o primeiro passo rumo a uma legislação específica sobre o tema. Até o final do mandato do governador José Serra, o Estado deve propor uma lei para limitar a emissão do chamado gás do efeito estufa em São Paulo.

Apesar de não mencionar data nem apresentar projeto ou metas, o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, sinaliza que as empresas já serão incentivadas a reduzirem suas taxas com concessão de créditos. “Não daremos incentivos fiscais, por exemplo, mas poderemos fornecer atestados para as empresas que se anteciparem. É uma idéia”, afirma.

Para o ex-secretário José Goldemberg, a negociação com as indústrias, por enquanto, deve ser voluntária. “O mais fácil é adotar os parâmetros estabelecidos no Protocolo de Kyoto, que estipula redução de 5% das emissões de países industrializados até 2012. Esta poderia ser a taxa também para as empresas.”

O presidente da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), Fernando Rei, revela que o levantamento não se refere à poluição e que a adesão das indústrias foi voluntária. “Tivemos uma ótima aceitação. Prova de que estamos avançando num modelo de gestão ambiental, no qual setores públicos e privados são parceiros”, diz.

A Rhodia afirma que o total de emissões em Santo André e Paulínia corresponde a 40 unidades de fabricação da empresa, que investe em uma série de iniciativas para redução de emissões, como a conversão de caldeiras em Santo André.

A Volkswagen também informa investimentos em gestão ambiental. Em São Bernardo, a produção é feita com fontes renováveis. Este ano, a empresa trocou 200 empilhadeiras movidas a óleo diesel por outras que utilizam gás liquefeito e energia solar.