No último dia 26, a Prefeitura de São Bernardo, o Dusm (Departamento Estadual de Uso de Solo Metropolitano) e a Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia) notificaram os comerciantes para que abandonassem a prainha, que fica em área considerada de primeira categoria. Para se instalarem, os comerciantes desmataram parte dessa área. Algumas, como a barraca do Pardinho, chegam a ter 500 m². O lixo produzido é despejado diretamente na represa.
Resvoltados com a decisão da Prefeitura e do Estado, os comerciantes – alguns deles há mais de dez anos instalados na prainha – estão pegando nomes dos visitantes em um abaixo-assinado que será entregue ainda nessa semana para a administração municipal. Com as assinaturas, eles devem apresentar uma proposta para regularização da situação das 30 barracas. “Não nos recusamos a pagar novas taxas, mas sair daqui não vamos não. Isso aqui é a diversão de muita gente e se formos expulsos vai aumentar o número de famílias sem renda. Tenho certeza de que muita gente vai acabar na marginalidade para sobreviver”, disse José Luiz Pereira, o Pardinho, um dos mais velhos no local, com barraca no Canaã há 11 anos.
“Se o problema é a falta de limpeza, coloca uma portaria e cobra uma taxa de entrada para ajudar, igual acontece no Estoril”, disse a costureira de Santo André, Antônia Claudete Gonçalves, que neste domingo passou a tarde na prainha com a família. Para a maior parte dos visitantes, o passeio na prainha é uma das poucas opções de lazer barata.
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