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Garota some após receber ameaças
Do Diário do Grande ABC
21/11/2006 | 22:31
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A adolescente Ariane dos Santos Feitosa, moradora do bairro Ferrazópolis, em São Bernardo, está desaparecida desde sábado. Dia em que a garota de 15 anos saiu de casa de manhã para ir à igreja Assembléia de Deus, no bairro de Jerusalém – bem próximo de sua residência. Desde então, os dias de sua mãe, Adriana dos Santos, 32, têm sido um inferno. A suspeita da família e de amigos é de que a jovem tenha sido seqüestrada por uma antiga colega de escola que sentia inveja de Ariane. O GAS (Grupo Anti-Sequestro) de São Bernardo ainda não tem suspeitos.

O bilhete deixado por Ariane em cima da mesa na casa de um cômodo só, foi o primeiro indício do desaparecimento da garota. “Dizia exatamente assim: ‘Mãe, bom dia. Acordei cedo para ir à igreja e para não dar motivos para a Mariana me pegar. Estou levando a roupa. Me busque depois da ceia. Beijo. Te amo’”, relembra às lágrimas a mãe de Ariane. Fotos recentes da garota e o bilhete estão em posse do delegado titular do GAS e Dise de São Bernardo, Waldir Antônio Covino Júnior.

Adriana diz que não conhece a suposta Mariana, mas que já tinha ouvido sua filha falar dela algumas vezes. A primeira vez foi há cerca de dois meses, quando Ariane comentou que tinha recebido ameaças de uma garota que havia estudado com ela na 6ª série. De acordo com a mãe, o motivo era que Mariana era apaixonada por um garoto que gostava de Ariane. “Minha filha não tem namorado e nunca comentou comigo sobre esse rapaz”, conta Adriana.

As ameaças da suposta Mariana chegaram à pagina do Orkut de Ariane, porém, a foto utilizada para identificar Mariana é da apresentadora Amanda Françoso e nenhum dado como escola, idade, endereço ou telefone está disponível.

Dois sábados antes de desaparecer, Ariane chegou em casa com um corte no braço. Quando a mãe perguntou o que tinha acontecido, ela explicou que tinha caído e machucado o ante-braço direito em um arame farpado. “Ela só me contou a verdade três dias depois. Disse que tinha sido encurralada por duas meninas, uma delas chamada Mariana”, revela.

Estudante do 1º ano do ensino médio, Ariane é evangélica e freqüenta assiduamente a Igreja Assembléia de Deus, no bairro Jerusalém, há poucos quilômetros de sua casa. Sempre que pode, a jovem ajuda na limpeza da igreja. “Normalmente, ela vem para cá às segundas, terças, quintas e aos sábados e me ajuda”, informa a caseira da igreja, Ondina de Oliveira Morais, 42.

No último sábado, apesar do recado deixado à mãe, Ariane não esteve na igreja. “Quando acordei e vi o recado, liguei para a igreja e ninguém tinha visto minha filha lá.”

Em seguida, Adriana recebeu uma ligação anônima, com voz feminina que deixou o recado: “Avisa a Ariane que se a Mariana ainda não a pegou, vai pegar hoje”. A mãe não teve tempo de falar. Desligaram o telefone.

“Essa ligação me desesperou”, lamenta. Adriana começou, então, a percorrer o bairro à procura de Ariane e sem nenhuma informação dirigiu-se ao 3º Distrito Policial de São Bernardo. Lá, foi aberto o boletim de ocorrência que reclamava o desaparecimento da filha.

Cartazes foram espalhados pelo bairro com foto, nome, idade, altura e endereço de Ariane. A Polícia foi mobilizada. Os vizinhos e amigos de Ariane dão depoimentos e tentam ajudar no que podem.

A última notícia que se tem de Ariane é que ela foi vista no terminal de ônibus Ferrazópolis entrando em um carro, um Palio roxo. Informação que ainda não foi confirmada pela polícia que ainda não tem dados suficientes para suspeitar de alguém. “Não temos nenhuma informação concreta. Os dados estão chegando sempre com atraso. Não sabemos ainda nem se esta Mariana existe”, explica o delegado titular do GAS de São Bernardo Waldir Antônio Covino Júnior.

De acordo com o delegado, há duas equipes trabalhando continuamente no caso. Uma na rua e outra fazendo pesquisas e entrevistando pessoas. Ele ressalta ainda que pessoas que tiverem informações sobre o paradeiro de Ariane devem entrar em contato com a Delegacia Anti-Seqestro.



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