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Outros GCMs participaram de perseguição que feriu jovem
Guilherme Russo
Do Diário do Grande ABC
04/09/2009 | 07:06
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Outras viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal) de São Caetano participaram da perseguição que resultou na morte da estudante Ana Cristina de Macedo, 17 anos. Ela foi atingida por uma bala perdida na favela Heliópolis, Zona Sul da Capital, próximo à divisa com São Caetano, segunda-feira.

Ontem, em depoimento ao delegado Gilmar Contrera, titular do 95º DP (Heliópolis) e responsável pelas investigações, os guardas civis Luziel Pereira da Costa e Vicente Pereira Passos contaram que pediram reforço para perseguir o Ka que havia sido roubado em São Caetano. E confirmaram que outras viaturas da GCM participaram da ação, segundo informou o delegado.

Contrera afirmou que os guardas civis disseram que apenas dispararam tiros de calibre 38. Porém, que não sabem que armas foram usadas pelos colegas de farda que os apoiavam na outra viatura. Oficialmente, as únicas armas usadas pela GCM de São Caetano são revólveres calibre 38.

Segundo o delegado, o projétil que foi retirado do corpo da estudante saiu de uma arma desse mesmo calibre. Contrera afirmou que no depoimento os guardas civis admitiram ter atirado diversas vezes.

Agora, as investigações seguem no sentido de descobrir quem são os outros guardas civis envolvidos na morte de Ana Cristina e se a informação do suposto reforço realmente é verdadeira.

Para confirmar se as armas apresentadas pelos guardas civis suspeitos foram as mesmas usadas na perseguição, a polícia deve apurar também quais revólveres, especificamente, foram retirados pelos guardas-civis para o dia de trabalho em que a adolescente foi morta. A GCM de São Caetano reveza o armamento entre seus agentes.

As armas particulares que os guardas-civis Edson Damião Estevam - ex-policial militar expulso da corporação por manter relações sexuais com uma mulher dentro do quartel -, e Vicente Pereira Passos disseram possuir serão analisadas caso os exames de balística feitos no IC (Instituto de Criminalística) não confirmem que a bala que matou Ana Cristina tenha saído de um dos três revólveres apreendidos.

Estevam contou ao delegado que tem um revólver calibre 38 e Passos, que possui uma pistola 380. "É fundamental o laudo de confronto balístico", explicou Contrera.




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