A velha rivalidade do final dos anos 70 entre Santo André e Sao José será revivida neste domingo, a partir das 11h, no estádio Martins Pereira, no Vale do Paraíba, em Sao José dos Campos. O segundo duelo entre os times será no próximo domingo, às 11h, no Brunao. Além desses dois times, o Taubaté e a Esportiva fizeram história, aguçando a rivalidade entre as equipes. A novidade da competiçao: dois cartoes amarelos já provocam suspensao.

Desta vez, Sao José e Santo André se reencontram em situaçao totalmente oposta e cada um disputando um lugar ao sol na deficitária Copa Estado de Sao Paulo. A grande diferença é que, na época, o Santo André era um time de apenas 11 camisas, empurrado por alguns abnegados, e nao tinha o patrimônio de porte deste domingo - o rico Poliesportivo do Parque Jaçatuba.

Nos grandes clássicos da fase de ouro, o Sao José chegou a ter uma das melhores formaçoes do interior paulista com o saudoso técnico Filpo Nuñes e depois com o estrategista Henrique Passos, além de jogadores como Tiao Marino, Ademir Mello, Passarinho, Zé Mário, Fidelis, Edinho e Nenê. No Santo André, alguns destaques da época eram Da Silva, Bona, Tonho, Luis Augusto, Rômulo, Dodô e Zé Carlos Santista.

Neste domingo, no Santo André, o técnico Ari Mantovani - que desenvolve bom trabalho nas equipes de base - poe o que tem de melhor para tentar uma vitória. O atacante Marinho, ex-Mirassol, tem estréia garantida, mas deve entrar apenas no decorrer da partida. A outra novidade pode ser o meia Esquerdinha, desafiando o tempo, um cigano do futebol, que voltou a incorporar o elenco após a disputa da Série A-2 do Paulista.

Aos 37 anos e prevendo jogar pelo menos até os 40, Esquerdinha está feliz por voltar ao Santo André por mais algum tempo. Depois de viver passagens interessantes por mais de uma dezena de clubes - Palmeiras, Portuguesa, Juventus, Sao Caetano e Figueirense, entre outros - Esquerdinha se define um "valente" do futebol. "Enquanto eu tiver fôlego e vontade de correr atrás de uma bola, vou permanecer jogando profissionalmente". Esquerdinha ficou conhecido pela maneira de comemorar seus gols: beijando a sua chuteira esquerda.