Cultura & Lazer Titulo
De volta ao batente
Diogo de Oliveira
Da TV Press
31/01/2007 | 20:35
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Depois de viver o policial Júlio Ladeira em Prova de Amor, novela das sete exibida no ano passado, na Record, o cearense Jorge Pontual não imaginou que voltaria tão cedo ao ar. Mas após a troca de horário de Alta Estação, que passou das 18h para às 19h, a escritora Margareth Boury precisou amadurecer o elenco e a história. E o ator de 39 anos, que soma 12 novelas no currículo, tinha o perfil ideal. Na trama, ele interpreta o empresário César Augusto, homem rico e ambicioso que usa do seu poder para conquistar mulheres mais novas. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

PERGUNTA: O que seduziu você na proposta de Margareth Boury?

JORGE PONTUAL: Eu já tinha feito Uga Uga e Quatro por Quatro com a Margareth, na Globo, e sei que ela é uma autora maravilhosa. Achei interessante o projeto pelo bom clima do trabalho e da equipe, o que é muito importante.

PERGUNTA: Em Prova de Amor você interpretou um policial honesto. Agora, em Alta Estação, faz um vilão. Essa variação de tipos é o que você queria?

PONTUAL: No início, Alta Estação era uma novela voltada mais para os jovens e, de certa forma, continua sendo. Mas em função da mudança de horário, a direção criou um núcleo diferente e acho essas novidades interessantes. Dois fatores me animam. Primeiro esse personagem tem uma perspectiva completamente diferente do Júlio, de Prova de Amor, e estou livre para dar o tom que achar mais adequado ao César. Não quero fazer um vilão caricato.

PERGUNTA: O que você vê de bacana no César?

PONTUAL: Ele não fica naquele enredo clichê da maioria dos vilões. Muitas vezes você vê um cara ruim que é mal o tempo todo. No caso do César, ele é mal, mas pode se apaixonar e mudar seus conceitos de vida. Até porque é um cara inteligente. Ele foge totalmente do estereótipo do vilão que usa somente roupas escuras e faz maldades o tempo inteiro. Ele tem sensibilidade.

PERGUNTA: O que você buscou para formar a personalidade do seu personagem?

PONTUAL: Assisti a alguns filmes só para ver os vilões. Acho interessante o ator ter alguma referência. Lógico que a personalidade do sujeito quem cria sozinho é o ator. Por exemplo, quando fiz o Alberto Limonta em O Direito de Nascer, queriam que eu visse a versão anterior da novela. Decidi não ver, porque a visão do personagem tinha de estar de acordo com o meu sentimento, a minha visão das coisas.

PERGUNTA: Depois de Alta Estação, o seu desejo é fazer uma novela de temática mais adulta, como Vidas Opostas?

PONTUAL: Lógico. Vão surgir várias oportunidades em breve. Vejo que Vidas Opostas está dando certo, é um horário diferente, desativado há mais de uma década e que não concorre diretamente com as novelas da Globo. Acho que a Record está indo por um lado bacana. Independentemente de ser contratado da emissora, é legal essa abertura do mercado televisivo, assim como a Band está fazendo com Paixões Proibidas, com o Ignácio Coqueiro à frente do núcleo de novelas. Isso valoriza diretores, autores, equipe técnica e outros profissionais.



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