Natália Resende informou que o equipamento será entregue no segundo semestre de 2024
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Três dias depois de o Diário noticiar o atraso de algumas obras do governo do Estado no Grande ABC, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística estadual, Natália Resende, esteve nas obras do Piscinão Jaboticabal na manhã de ontem. A chefe da Pasta vistoriou o andamento das intervenções, que estão atrasadas devido as desapropriações dos terrenos que compreendiam o local, e cobrou celeridade nas intervenções.
“A gente espera que se conclua no segundo semestre de 2024. Estamos aqui para tentar acelerar o máximo possível, porque é uma obra muito importante para a região”, comentou Natália.
Conforme publicado pelo Diário na edição de segunda-feira, a entrega do piscinão era prevista para o primeiro semestre deste ano, mas apenas 38% das obras estão prontas, segundo informou Natália Resende. Embora a atuação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na região no primeiro semestre tenha beneficiado majoritariamente São Bernardo – com o repasse de R$ 150 milhões para o custeio da saúde do município, mesmo com a Pasta contando com R$ 1,2 bilhão de orçamento para este ano –, a secretária garantiu que a conclusão do piscinão será prioridade do governo estadual.
“Essas obras são prioridade máxima para o governo do estado de São Paulo e com certeza vamos trazer o governador Tarcísio para visitar o local. Sabemos da experiência dele no ramo de infraestrutura, tenho certeza que ele vai gostar do andamento das obras desse piscinão”, declarou.
ATRASOS
Natália disse ao Diário que os principais motivos para o atraso das obras foram as desapropriações necessárias para o início da intervenção. O reservatório está sendo construído próximo ao quilômetro 13 da Rodovia Anchieta, em um local com quatro terrenos.
“Três das quatro áreas já foram desapropriadas e a última está em processo de finalização. Essa foi uma das causas do atraso, mas está no fim do processo. Também tivemos que retirar água contaminada de outra área, o que está sendo concluído agora, e isso também atrasou as obras. Mas agora podemos acelerar um pouco mais”, explicou.
Uma das áreas era utilizada como pátio de carros apreendidos pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). As outras já foram ocupadas por indústrias, o que deixou o solo e a água contaminados.
“Não podemos fazer a escavação antes de descontaminar o solo e a água. Havia muito óleo dentro do solo, provavelmente por conta das indústrias que se instalaram aqui antigamente. Em termos práticos, esse é o principal desafio. Enquanto todo esse processo é feito, nós vamos montando o escudo do piscinão, construindo os muros nas laterais, escavando onde não está contaminado, tudo para não deixar nada parado”, esclareceu um dos engenheiros da obra.
As sete cidades aguardam há mais de 20 anos pela construção do piscinão Jaboticabal, cuja promessa é minimizar as enchentes nas áreas próximas aos córregos Ribeirão dos Couros e Ribeirão dos Meninos. O reservatório vai ocupar área total de 166,9 mil metros quadrados e deverá absorver até 910 mil metros cúbicos de água – será o maior piscinão da América Latina. O governo estadual estima que o equipamento beneficiará 500 mil pessoas que vivem no entorno do local.
As obras contam com investimento de R$ 237,9 milhões, dos quais R$ 131,9 milhões foram destinados às obras e outros R$ 106 milhões às desapropriações da área. Todo o montante é proveniente do governo do Estado, mas os trabalhos são executados pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica). A construção do piscinão está sob responsabilidade do Consórcio RAC Jaboticabal, formado pelas empresas Passarelli Engenharia e Construção Ltda e Planova Infraestrutura Eireli.
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