Há três semanas o trânsito de veículos na passagem de nível da Estação Capuava da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Mauá, foi interrompido para a manutenção do pavimento no trecho.

Com essa mudança, os motoristas foram obrigados a buscar novos caminhos para se locomoverem da Avenida dos Estados em direção à Avenida Giovanni Battista Pirelli. Uma das alternativas é o Viaduto Cassaquera. Desde então, independentemente do horário e do dia da semana, antes da 17h já é possível notar o grande fluxo de veículos no local.

Motorista de um caminhão-tanque, Ricardo Portieli, 56 anos, já está acostumado ao tráfego pesado, mas afirmou que foi afetado pelos transtornos causados pela obra. "Atrapalhou mais por causa do cansaço do que pelo tempo perdido. A fila vem desde o começo do viaduto", explicou.

O analista de suporte Wellington Leal, 29, passa todos os dias pelo Cassaquera, desde a sua inauguração, no ano passado. "Sempre passei por aqui, mas antes o trânsito andava melhor. Agora, estou perdendo pelo menos dez minutos só no viaduto."

O Diário esteve no local da passagem de nível, e pôde constatar que o antigo pavimento, já bastante deteriorado, deu lugar a um revestimento de pedras, que servirá de base para uma nova camada asfáltica.

Segundo a CPTM, o serviço foi foi feito em parceria com a Prefeitura de Mauá. A companhia destacou que já concluiu sua parte no acordo, cabendo à administração municipal a finalização do serviço. A Prefeitura, entretanto, não respondeu aos questionamentos do Diário.

Falta de informação - Antes do início das obras, faixas chegaram a ser colocadas sobre a passagem de nível, alertando os motoristas a respeito da interrupção do tráfego. Na entanto, a falta de sinalização em outros locais faz com que muitos motoristas desavisados deparem com os blocos de concreto fechando a via.

Vendendo doces próximo a um dos bloqueios, Joseilton do Nascimento já perdeu a conta dos motoristas que tiveram que dar a volta ao depararem o caminho interrompido. "Essas pessoas veem o bloqueio e reclamam muito", afirmou.