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Caixas eletrônicos preocupam comércio
Camila Brunelli e Fábio Munhoz
13/05/2011 | 07:18
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Marina Brandão/DGABC


A recente onda de assaltos a caixas eletrônicos, inclusive com explosivos, tem feito com que comerciantes da região repensem a permanência dos equipamentos nos estabelecimentos. Desde o início do ano, a região registrou 44 roubos às máquinas, sendo que 11 foram explodidas.

A gerente de um posto de gasolina no Jardim Jamaica, em Santo André, não quer mais que o equipamento fique no local. "Não vejo movimentação maior no estabelecimento por causa desse caixa. Quero tirá-lo daí, está muito perigoso", disse Andreia Fialho, 37 anos. Ela afirmou que foi contrária à colocação da máquina no estabelecimento.

No supermercado Nagumo, na região central de Santo André, a solução encontrada pela administração foi dobrar o número de funcionários na segurança. Uma das lojas da rede, em Suzano, já foi vítima da ação criminosa. Apesar do alerta. o subgerente do estabelecimento. Cesar de Andrade, não pensa em remover a máquina. "Nós não temos intenção de tirar, porque é um objeto de comodidade para o cliente e para nós."

Cláudio Mathias, 44, é gerente de um posto de combustíveis em São Caetano. Ao contrário do supermercado, a decisão do proprietário do local foi manter o caixa. "Nós temos medo, não dá para negar. Mas aqui em São Caetano está tranquilo, não houve muitos problemas." Ele revelou que, caso a situação piore, o equipamento será retirado.

Não são apenas gerentes e proprietários que têm medo. A onda de explosões tem tirado o sono dos funcionários que trabalham ao lado dos caixas. "Teve uma noite dessas que sonhei que estavam explodindo aqui. Acho que é porque temos pensado muito nessa situação", disse o frentista Emerson de Souza, 39, de São Bernardo.

"Medo a gente tem, mas procuramos viver normalmente. Tragédia é possível acontecer sempre, não dá para ficarmos paranoicos", comentou Nicéia Melo, 39, funcionária de uma loja de conveniência em São Bernardo.

 

Febraban estuda medidas para evitar crimes

 

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estuda medidas para coibir as explosões em caixas eletrônicos. A entidade se reuniu na tarde de ontem com representantes do Banco Central para discutir a regulamentação de um sistema de retenção de notas danificadas na explosão por mecanismos antifurto.

Alguns bancos já têm tomado medidas para invalidar as cédulas roubadas, por meio de uma tinta que mancha o dinheiro. A Febraban informa que as notas manchadas têm o mesmo tratamento dado às falsificadas. O banco retém a cédula, identifica o portador e a encaminha para análise do Banco Central. Um cidadão ou comerciante pode recusar recebê-las. As notas, porém, não perdem seu valor, informa a federação.

O secretário geral do Sindicato dos Bancários do ABC, Eric Nilson, disse que a entidade não tem informações sobre números de equipamentos devolvidos aos bancos no Grande ABC. (Colaboração de Renan Fonseca)




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