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Pai mata o filho a facadas em Sto.André
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
02/02/2007 | 23:22
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Um pai matou o próprio filho na madrugada desta sexta-feira na Vila Marina, bairro de classe média de Santo André. Preso pela polícia, Antônio Deivani de Castro, 52 anos, não demonstrou arrependimento. Disse que se o rapaz tivesse escapado, tentaria matá-lo de novo.

Robson Morais de Castro, 26 anos, travava discussões ferrenhas com o pai. Freqüentemente os dois trocavam socos e pontapés. O pivô dos desentendimentos era o álcool. Na madrugada desta sexta-feira, ele havia acabado de sair de um bar na rua das Orquídeas, poucos metros distante da casa onde morava com os pais.

Antônio, que trabalhava como porteiro, também estava no bar, conversando com amigos. Ele resolveu beber alguns goles de cerveja quando voltava de uma visita à casa de parentes acompanhado pela mulher. Chegando em casa, Maria de Lourdes Morais de Lima, 50 anos, encontrou o filho Robson em seu quarto, dormindo. Ela se trocou e também foi para cama. Eram 22h.

Robson acordou pouco depois, se trocou e seguiu para o bar em que o pai estava. Os dois não se encontraram. Antônio já havia voltado para casa. Robson conversou com os amigos, tomou alguns copos de cerveja e retornou para casa.

Pai e filho ficaram frente-a-frente. Não houve discussão. Antônio foi para cozinha, se armou com a faca que era utilizada pela família para fatiar peças de carnes e passou a golpear Robson. Assustado, foi até o quarto onde a mulher dormia e a acordou aos gritos: “Lourdes, matei o Robson.” Ao descer o lance de escada que separava o cômodo da sala de visitas, encontrou o filho caído no chão, envolto por uma poça de sangue. Abandonada sobre um dos degraus, a lâmina de 21 centímetros que vitimou o garoto.

A mãe saiu desesperada em direção à rua, pedindo socorro. Era tarde, o filho já estava morto. Quando uma equipe da Polícia Militar chegou na casa, não encontrou Antônio. Ele foi preso a um quarteirão do local do crime, vagando, sem rumo. Ceará, como é conhecido, foi levado para a Cadeia Pública de Santo André, onde aguardará julgamento. Se condenado, poderá pegar até 20 anos de prisão.

Robson foi sepultado às 17h desta sexta-feira no Cemitério do Curuçá, em Santo André. Chocados com a tragédia, sua mãe e o irmão pensam em se mudar da casa onde viviam há pouco mais de um ano.



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