Cidade começou três operações para temporada de frente fria; a expectativa da gestão é superar os 230 mil itens recebidos no ano passado
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A Prefeitura de Santo André deu início ontem a três programas do Fundo Social de Solidariedade para a temporada de frio deste ano. A Operação Inverno, com a Secretaria de Assistência Social, disponibilizará 380 vagas em abrigos para moradores de rua. Com a Campanha do Agasalho, a gestão espera superar a marca do ano passado, com 230 mil doações. Na Campanha do Agasalho Pet, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, a cidade terá pontos para que os moradores doem ração e roupas para animais de estimação de pessoas em vulnerabilidade social.
Ao todo, as ações já começam com 60 mil itens doados, como cobertores, roupas e travesseiros arrecadados nas Lojas Solidárias e em eventos promovidos pela Prefeitura em vários pontos da cidade. A quantia foi distribuída para 30 entidades sociais cadastradas.
Apesar de o inverno só começar em 21 de junho, as ações foram antecipadas pela previsão de frente fria nas próximas semanas. “Com a mudança da temperatura, a atenção com os moradores de rua deve ser redobrada. Cada andreense vive a cidade de uma forma diferente, e precisamos atender todas as necessidades. Os mais vulneráveis não têm outra opção a não ser o que é oferecido pelo poder público. Por isso, decidimos adiantar as atividades”, diz o prefeito Paulo Serra (PSDB).
Nas campanhas, Ana Claudia de Fabris, presidente do Núcleo de Inovação Social, destaca que roupas femininas são os itens mais doados. “Temos pouca quantidade de cobertores e vestuários para bebês, crianças e homens.” No momento, Santo André conta com seis pontos fixos de doação, que são as quatro Lojas Solidárias (nos shoppings ABC, Atrium, Grand Plaza e Shoppinho), a sede do Fundo Social de Solidariedade (Craisa) e o prédio da Prefeitura. No caso da Campanha do Agasalho Pet, os parques da cidade também terão caixas para receber os materiais, assim como os eventos pontuais do Moeda Pet.
Em relação aos abrigos para moradores de rua, o secretário de Assistência Social, Marcelo Delsir, afirma que, no ano passado, foram distribuídas mais de 2.500 peças de roupa, 1.200 kits de alimentação e 900 cobertores em quatro meses. “O trabalho de conscientização é sistemático. A equipe tenta entender se o morador está na rua por problemas financeiros ou outras questões. Depois disso, começa o trabalho de sensibilização. Aqueles que não aceitam ir para o abrigo geralmente não querem deixar o local onde estão para não ‘perder’ aquele espaço.”
Para ele, o fato de os abrigos da cidade agora estarem abertos para receber e cuidar dos animais de estimação desse público contribui para que aceitem o acolhimento. “Boa parte da nossa população de rua refere-se a usuários de drogas. A recusa deles é quase 100%. Nesse trabalho intersetorial, a Secretaria Municipal da Saúde atua com o Consultório na Rua para ajudar na sensibilização.”
Para o cidadão que quiser oferecer o acolhimento para moradores de rua, é possível o contato pelo WhatsApp – (11) 93342-4178 e (11) 93342-4059, ou pelos contatos do Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), nos números 4427-6207 ou 4432-2182.
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