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Santo André tenta nesta quarta-feira liberação de aterro
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
29/04/2009 | 07:30
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A ampliação do aterro municipal de Santo André tem dia decisivo hoje. Para conseguir o aval do governo do Estado sobre o aumento da área do depósito de lixo, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) abrirá mão de obter fôlego emergencial de pelo menos 10 meses para o local e negociará espaço extra para os próximos seis meses.

A diminuição do tempo de vida útil do aterro será consequência direta da proposta que será feita hoje pela autarquia à Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) - órgão responsável por licenciar ou não a nova área para o aterro.

Para tentar convencer a agência ambiental, que em março indeferiu pela primeira vez o pedido de ampliação do aterro feito pelo Semasa, a autarquia irá propor a diminuição da altura das camadas de disposição do lixo.

A proposta original, rejeitada, era de 70 metros e agora passa para cerca de 50 metros.

Um dos motivos apontados pela Cetesb para negar a ampliação do aterro baseou-se em eventual acidente causado pelo desmoronamento da massa de lixo sobre dutos de gás e óleo ao redor do aterro.

Além de propor a diminuição das camadas de resíduos, o Semasa apresentará o resultado de uma sondagem feita no aterro que verificou a compressão do lixo sobre o solo.

O diretor de gestão ambiental do Semasa, Jarbas Elias Zuri, afirmou que o estudo demonstrou que a pressão é muito pequena, mas preferiu não adiantar o resultado.

Segundo Zuri, diminuir a altura das camadas de lixo da forma proposta pela autarquia, na prática significa dar sobrevida de apenas cinco a seis meses ao aterro, contudo, melhorias na gestão dos resíduos sólidos produzidos na cidade estenderão o prazo para cerca de oito meses, como esperado até então.

"Vamos intensificar de forma imediata a coleta seletiva e não estamos mais dispondo lixo inerte no aterro (como restos de construção). Então, com a coleta seletiva e o aproveitamento do entulho, a gente consegue fazer com que esses cinco a seis meses se transformem em oito ou nove meses."

A estimativa é de que a capacidade do aterro seja esgotada em junho.

Negativa - Não há tempo determinado para que a Cetesb julgue o pedido de ampliação do aterro de Santo André nos 6.000 metros quadrados pretendidos. Há ainda outra área contígua ao aterro, alvo de aprovação do governo do Estado (leia reportagem ao lado).

Santo André é a única cidade da região a dispor o lixo em terreno próprio. São cerca de 20 mil toneladas aterradas todo mês. Os demais municípios pagam pelo serviço ao aterro particular Lara, em Mauá.




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