O FMI (Fundo Monetario Internacional) e o Bird (Banco Mundial) elogiaram calorosamente a política social do governo brasileiro e a apresentaram como um modelo de sucesso para reduzir a pobreza nos demais países da América Latina, às vésperas de sua reunião da primavera.

O programa brasileiro Bolsa-Família "é iniciativa interessante que oferece a possibilidade de conseguir melhores resultados na luta contra pobreza" com grande impacto, declarou com entusiasmo o presidente do Bird, Paul Wolfowitz.

A instituição apoiou com vários e importantes empréstimos o maior programa de ajuda social brasileiro. Em suas declarações, Wolfowitz incitou outros países da região a seguirem o exemplo do governo do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, para acelerar a lenta redução da pobreza no subcontinente.

O diretor-gerente do Fundo, Rodrigo Rato, se somou aos elogios a um país que apresentou com freqüência como um modelo por sua disciplina econômica e que pagou antecipadamente ao FMI, em dezembro, os últimos 15 bilhões de dólares de um pacote de 30 bilhões concedido em 2002. "Estamos vendo exemplos na América Latina de políticas sociais bem centradas", afirmou, em alusão ao Brasil e também ao México.

Numa região onde as autoridades não conseguem reduzir a pobreza, o exemplo social do Brasil não apenas recebe elogios por parte de ambas as instituições, mas constitui uma referência nos informes oficiais sobre as iniciativas que o Banco deve apoiar .

Na entrevista à imprensa anterior à reunião de primavera deste final de semana, o presidente do Bird lembrou ter visitado uma favela de São Paulo, onde disse ter encontrado "pessoas pobres" que se beneficiavam do programa.

Os elogios são unânimes como o demonstrou também o economista-chefe do Bird, François Bourguignon, que também felicitou o governo Lula por seus programas sociais.