Em A Cartuxa de Parma, um fato histórico importante como a batalha de Waterloo passa batido diante dos olhos de Fabrício Valsera, que está no local com dois objetivos: lutar e ver o imperador. Vagueia sem saber o que se passa, mata um inimigo e vê um grupo de marechais onde poderia estar Napoleão - mas o cansaço e a aguardente deixam-no incerto de tê-lo visto.
Em O Vermelho e o Negro, Julien Sorel é um camponês disposto a mudar de condição social, impensável até então. Sonha com a carreira militar, mas entra para o seminário. A França estava em ajuste pós-Napoleão no século XIX. Havia insegurança, crenças democráticas conviviam com a nostalgia pelo antigo regime. Dualidade e transição eram idéias permanentes. A aristocracia puniria em Sorel os jovens de classes pobres que conseguiam boa educação e inserção social. O pensamento de Sorel explica o ideal do romance: "Uma efêmera nasce às 9h de um lindo dia de verão para morrer às cinco da tarde; como haveria ela de compreender a palavra noite?".
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