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Casas da favela do DER devem sair em 2 meses
Kléber Werneck
Da Sucursal de São Bernardo
27/05/2001 | 19:18
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A liberação de 85 moradias que estão sendo construídas há cerca de três anos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) no Jardim das Paineiras (favela do DER), em São Bernardo, deve demorar pelo menos mais dois meses. A informação foi dada pelo secretário de Obras do município, Otávio Manente Júnior, após reunião com moradores do bairro e representantes da CDHU, realizada neste domingo pela manhã na Associação de Moradores.“Não posso declarar isso como fato consumado, mas pessoalmente acredito que dois meses serão suficientes”, disse Manente.

Oficialmente, a decisão só será anunciada dentro de 15 dias, de acordo com o que prometeu o secretário aos moradores. Manente e a superintendente de gestão de programas da CDHU, Valentina Denizo, vão se reunir hoje para discutir o problema das 85 residências, que estão em uma área denominada K-3.

As moradias ainda não foram entregues porque as obras de infra-estrutura não foram concluídas. Segundo o secretário, resta finalizar a parte de saneamento básico, pavimentação de ruas e instalação de energia, entre outros. “Não vou liberar as residências antes que estejam 100% concluídas e seguras”, disse.

Outro problema relativo à favela do DER discutido no encontro de ontem foi a situação dos moradores do K-1, onde estão as primeiras residências verticais, construídas na década de 80. O local apresenta vários problemas estruturais e passará por avaliação da Prefeitura e da CDHU.

“Vamos ver as condições do prédio e decidir o que é melhor: reformá-lo ou demolir e construir novas moradias”, afirmou Valentina.

Alguns moradores que receberam cartas com ordem de despejo também aproveitaram a oportunidade para protestar contra o atendimento da CDHU. A superintendente prometeu montar plantão no bairro para analisar cada um dos casos. “São pessoas que estão inadimplentes há dois anos, mas vamos ver cada situação particularmente.”

A representante da CDHU foi hostilizada pelos moradores que compareceram ao encontro. Um grupo de aproximadamente 50 pessoas esteve no local, e muitos carregavam cartazes com críticas à companhia.

 José Fonteneli de Souza Lima, um dos líderes da comissão de moradores, afirmou que uma das principais reclamações da comunidade é a morosidade nos trabalhos da CDHU. “Queremos mais agilidade nas construções e decisões”, afirmou.

Além desses problemas, Prefeitura e CDHU vão discutir a implementação de um plano habitacional mais amplo para o bairro. A CDHU já tinha um projeto, que deve ser remodelado para se adequar às mudanças que o bairro sofreu.




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