Apenas São Caetano, São Bernardo e Rio Grande da Serra conseguiram atingir a meta estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e imunizar pelo menos 95% das crianças com menos de cinco anos contra a poliomielite, doença que pode resultar na paralisia infantil. Santo André foi a cidade que obteve pior índice de imunizações no último sábado, dia oficial da primeira fase da campanha contra a pólio, com 75,29% do público alvo vacinado. A segunda fase da campanha está agendada para 23 de agosto.

Santo André, assim como os outros municípios da região que não atingiram a meta de 95% de imunização – Diadema (86,11%), Mauá (87,06%) e Ribeirão Pires (87,73%) – estenderão o prazo de vacinação em suas unidades de saúde. Em Santo André e em Ribeirão Pires serão aplicadas doses da Sabin, nome dado à vacina contra o poliovírus selvagem, transmissor da doença, até esta terça-feira às 17h . Em Mauá e Diadema, a imunização vai até quarta-feira.

Caso estes municípios não superem a meta da OMS ao fim da prorrogação, podem ser adotadas estratégias especiais de vacinação, por períodos mais longos. “Os casos serão analisados individualmente e não há regras específicas para implementação destas campanhas prolongadas”, disse Tânia de Moura Guerschman, diretora de vigilância epidemiológica da DIR-2, departamento da Secretaria do Estado da Saúde, responsável pelo Grande ABC.

Sônia Oliveira Barbosa, gerente da vigilância Sanitária de Santo André, acredita que a meta de imunização não foi alcançada pelo fato de muitas crianças seguirem apenas o cronograma básico de vacinação contra a pólio, que recomenda a ingestão de doses aos 2, 4 e 6 meses, com reforços quando completar 1 ano e 3 meses e 6 anos. “Alguns pediatras consideram esta imunização suficiente. Mas as crianças que não tomarem as duas doses anuais da vacina estarão sujeitas à doença”, disse.