Na última terça-feira, o MEC (Ministério da Educação e Cultura), por meio do Proep (Programa de Expansão de Educação Profissional), doou R$ 3,593 milhões para execução da obra, prevista para ser iniciada em junho de 2003. Porém, o dinheiro, efetivamente, só deve estar disponível em janeiro próximo. O Centro de Formação é uma parceria entre o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do ABC), a Prefeitura de Santo André e o governo federal, por meio do MEC. A previsão é de que até o fim de 2004 a primeira fase do restaurante-escola esteja em funcionamento.
“Será uma escola de educação profissionalizante nas áreas de hotelaria e gastronomia para alunos do Grande ABC, inclusive voltada a um público de baixa escolaridade”, disse a secretária municipal de Educação, Cleuza Repulho. Também haverá aulas de alfabetização. Metade das vagas será destinada aos alunos de baixa renda (leia reportagem ao lado). A aprovação do convênio, segundo a secretária, foi possível graças à criação de uma instituição independente que será a mantenedora da escola, a Fundação Celso Daniel.
A cessão de um terreno por parte da Prefeitura também foi necessária. “Uma das exigências do MEC era a área estar centrada em local de fácil acesso para o transporte público”, afirmou Cleuza. O restaurante-hotel-escola será erguido próximo ao Hospital Estadual Santo André. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, ficará responsável pela estruturação do programa didático e pedagógico e pelos profissionais a serem contratados. Os certificados de conclusão de cursos também serão emitidos pela secretaria.
Laboratórios – Pelo projeto arquitetônico, o prédio – dividido em cinco andares – irá abrigar uma lavanderia industrial e uma recepção de material no subsolo, que funcionarão como salas de estudos. No térreo, uma recepção de hotel e um restaurante irão compor o andar. No mezanino, vários laboratórios, como cozinha experimental, enologia, línguas, decoração, biblioteca, informática e agência de turismo.
De acordo com o presidente do Sehal, Wilson Bianchi, os laboratórios funcionarão como salas de aulas. No restaurante, por exemplo, o aluno terá a chance de aprender os detalhes dos vários tipos de recepção diferente, desde um jantar à francesa, com as mesas, toalhas, talheres e copos da ocasião, passando por um à la carte, até os serviços de um bufê.
Ainda segundo Bianchi, há cinco anos a entidade articula a criação de uma escola profissionalizante deste nível no Grande ABC. “Originalmente, o projeto foi oferecido para Diadema, depois São Bernardo, mas não houve interesse nem disponibilidade de terreno”, afirmou.
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