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‘Estou feliz em poder voltar a Santo André’

Com seu primeiro espetáculo solo, atriz Denise Fraga se apresenta no Sesc da cidade até dia 17 de dezembro

Thainá Lana
26/11/2022 | 09:20
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Cacá Bernardes/Divulgação


 A atriz Denise Fraga está de volta a Santo André e desta vez apresenta seu primeiro espetáculo solo: Eu de Você. A peça mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. A criãção e idealização foram da artista, em parceria com o produtor José Maria e o diretor Luiz Villaça. 

O espetáculo estreou no início deste mês no Teatro Sesc Santo André e faz temporada até 17 de dezembro, com apresentações disponíveis de sexta a domingo. A atriz, acompanhada por uma banda de mulheres, comemora 35 anos de trajetória artística e retoma a peça que precisou ser interrompido devido à pandemia de Covid-19. 

Em entrevista exclusiva ao Diário, Denise revela afinidade com o público andreense e conta os próximos passos da carreira. 

Como está sendo o retorno aos palcos após a pandemia?

Estreamos a peça em 2019, em Porto Alegre, depois fizemos quatro meses de temporada na Capital. Em seguida passamos por Campinas e quando estávamos em Belo Horizonte veio a pandemia e paramos no meio. Ficamos dois anos parados. Foi muito triste parar, especialmente essa peça. Voltamos em fevereiro e estamos com essa temporada pelo Sesc que é essa mãe, esse Oasis para arte brasileira, principalmente nos últimos anos. Essa instituição tem a total noção que não se vive sem a arte e a cultura, que é alimento para o povo.

É a primeira vez que você se apresenta na região? 

Não, já passamos com outros espetáculos por Santo André, tanto no Sesc quanto no Teatro Municipal. Estamos sempre trazendo as peças para cidade. Estou feliz em poder voltar a Santo André, as coisas acontecem culturalmente aqui. O público tem suas particularidades, somos muito bem recebidos. Ir aonde o povo está é como se tivéssemos um encontro marcado e, cada um tem uma característica específica. Se eu pudesse definir os espectadores andreenses definiria como um público que está acostumado a cultura, que tem afinidade com teatro e que espera as atrações chegarem para prestigiar. 

O que mais te motiva sobre este espetáculo?

O Felipe foi uma das pessoas que mandou uma carta contando sobre sua vida para gente. Ele tem uma história muito delicada em relação ao abuso. Antes da estreia da peça, convidamos ele para assistir o ensaio, porque queríamos saber se ele estava confortável com a maneira que iríamos contar sua história no palco. Felipe chorava enquanto assistia o espetáculo e assim que acabou perguntei o que ele achou. Nunca vou esquecer o que ele disse: ‘Estou me sentindo livre’. Foi o que ele respondeu. Sempre falei que a arte existe para livrar a gente (dos problemas da) vida. Da mediocridade dos dias, do cotidiano tão massacrante. A arte mostra que a gente faz parte de uma coisa maior. A arte nos coloca na história da humanidade. 




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