Não é infundada a diretriz da OMS (Organização Mundial da Saúde) de manter o status de pandemia para a disseminação do novo coronavírus. Embora as campanhas de vacinação em massa tenham dado mais proteção, criando a falsa sensação de que o inimigo estava subjugado, o micro-organismo continua a fazer vítimas planeta afora, inclusive fatais. O Estado confirmou ontem (8) a primeira morte de paciente contaminado pela subvariante BQ 1.1 da Ômicron em território paulista. A população deve redobrar os cuidados com a higiene e aglomerações, reforçando as regras da chamada etiqueta respiratória. As autoridades, por sua vez, precisam estar alertas ao aumento dos casos.

Longe de querer criar qualquer alarmismo ou pânico generalizado, é preciso reconhecer que a eficiência dos imunizantes e a flexibilização das normas de restrição deram ao cidadão a impressão de que nada mais havia para ser temido. Não se trata, como provam os dados, de verdade. A asssutadora capacidade dos vírus de modificar a própria estrutura, com a finalidade de driblar os imunizantes, faz com que a ciência sempre se encontre um passo atrás. Quando se pensava que a contaminação por Covid-19 estava sob controle, eis que nova onda de contaminações, a quinta, se aviva. Necessário, portanto, que as autoridades e sociedade ajam rapidamente para impor barreiras à pandemia.

No momento em que os casos de contaminação registram crescimento significativo, a população pode ajudar sobremaneira adotando medidas simples para evitar que os dados voltem a explodir a ponto de justificar o retorno das medidas restritivas. Como? Observando rigorosamente a etiqueta respiratória. Quais? Além da utilização de máscara, a lavagem constante e minuciosa das mãos, o uso de álcool em gel com frequência e o distanciamento entre pessoas, especialmente das que estão com sintomas. E, claro, é preciso manter em dia o calendário de imunização. A vacina é a mais potente e segura arma contra o coronavírus e suas variantes. O sinal amarelo está aceso. É hora de ação.