Siglas agora dependem dessa união para garantir o fundo partidário
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Os partidos Solidariedade e Pros anunciaram ontem que irão se unir para formação de uma única legenda. Ambos fazem parte do grupo de seis partidos que elegeram neste ano menos deputados federais do que em 2018, não atingiram a chamada cláusula de barreira e, por isso, correm o risco de perder acesso aos recursos públicos que financiam suas atividades. Cinco deles conversavam sobre fusão.
“Nós decidimos hoje (ontem) essa união e todos os detalhes, as convenções, vamos decidir na próxima semana”, afirmou o deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, que também não se reelegeu. Ainda não foi definido se os partidos manterão um dos nomes ou se vão adotar um novo. A tendência, segundo lideranças envolvidas, é que seja mantido o nome do Solidariedade.
Por meio de nota, Paulinho e Eurípedes Junior, presidente do Pros, disseram que “essa unidade é motivada pela identidade, compatibilidade de valores e visão compartilhada do projeto político nacional”. Eurípedes Junior havia defendido a formação de uma nova agremiação de centro esquerda “com profundo afinco ao centro democrático”.
O acordo para fusão entre Solidariedade e Pros é o primeiro entre os cinco partidos que negociavam formas de se juntar. Dos seis barrados pela cláusula de desempenho, somente o Partido Novo disse que caminhará sozinho. Os demais, Patriota, PTB e PSC ainda seguem em tratativas. Os três adotaram nos últimos anos perfil mais à direita.
Solidariedade e Pros surgiram em 2013, durante o governo Dilma Rousseff (PT), e têm se posicionado à esquerda nas eleições majoritárias. Neste ano, compõem a aliança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa o segundo turno presidencial contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois partidos elegeram quatro deputados cada.
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