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Região do ABC oferece comida boa e barata
Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
05/04/2003 | 17:05
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Na avaliação dos chefs de cozinha dos restaurantes Questo Pasta e Mendocino, no bairro Jardim, em Santo André, é melhor comer em um restaurante popular do que se arriscar em botecos que servem prato-feito a um custo baixo. Na opinião de Mônica Polistchuk, do Questo, e Miguel Angel Gigante, do Mendocino, em relação à qualidade da comida e do atendimento, os três restaurantes populares da região, que cobram de R$ 1 a R$ 2 por refeição, são limpos e oferecem refeições bem preparadas.

Eles provaram e aprovaram o cardápio do programa Bom Prato, no Centro de Santo André (mantido pelo governo do Estado); do restaurante popular de Mauá, no Centro, (mantido pela Prefeitura); e do restaurante educativo do Centro de Atividades do Sesi (Serviço Social da Indústria), na Estação Prefeito Saladino, em Santo André. Apenas o do Sesi funciona em sistema self-service. Por ter mais opções, o preço por pessoa é de R$ 2, enquanto os outros dois cobram R$ 1, mas não há opções.

Todas as diferenças – inclusive as sociais – foram levadas em consideração pelos chefs. Eles trabalham em restaurantes de alto padrão e servem poucas pessoas. “Nunca pensei que um restaurante que tem de servir mais de 1,5 mil refeições diárias conseguiria ser tão organizado”, disse Mônica sobre o Bom Prato.

As refeições são altamente calóricas – têm até 1,5 mil calorias, metade do total das necessidades diárias de um adulto –, mas também nutritivas. Um dado observado em todos os refeitórios populares é que dificilmente sobra comida no prato. Na avaliação dos especialistas, o fato de serem preparadas em uma cozinha industrial não faz com que os alimentos deixem de ser saborosos.

Eles aprovaram o prato-feito de arroz, feijão, chuchu, carne moída e salada de repolho oferecido no Bom Prato, e só acharam que “os cozinheiros exageraram um pouca na manteiga no preparo do chuchu”. Também consideraram de boa qualidade a comida do Sesi, principalmente pela diversidade.

A ressalva foi para o restaurante mantido pela Prefeitura de Mauá. Lá, os chefs acharam que a carne tinha um pouco de gordura e que o arroz estava fora do ponto. O cardápio era praticamente igual ao oferecido no Bom Prato e a empresa que fornece as refeições (Terra Azul Alimentação Coletiva e Serviços) é a mesma. “Provavelmente, é um problema na cozinha. A qualidade do Bom Prato é melhor, mas essa comida não é ruim”, disse Mônica. Gigante, do Mendocino, tem uma crítica ao serviço de Mauá. “Falta um melhor tratamento com o público na hora de servir a refeição. Reparei que os funcionários jogam a comida no prato sistematicamente. Um ‘boa tarde’ ou um sorriso não faz mal a ninguém.”




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