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Os riscos do voto útil
Da Redação
24/09/2022 | 12:55
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A democracia não é apenas a vontade da maioria representada pela acrítica soma dos votos. Ela é também temperada pela dignidade das minorias, sempre com a finalidade precípua de concretização dos direitos humanos. Estes, decorrentes do direito à vida, à liberdade, à propriedade, à segurança e à igualdade, podem ser resumidos na noção efetiva de equalização de oportunidades entre todas as individualidades.

Elemento eminentemente fundamental de nosso País, já que o Brasil é estruturado como ‘estado democrático de direito’, a democracia depende, para que se perfaça em seus objetivos precípuos, do voto autêntico e consciente de cada cidadão. É que o voto, além de decidir as maiorias governantes, também define o tamanho da participação das minorias nos governos e nas oposições, influenciando, assim, a construção e o desenvolvimento das políticas públicas nacionais e setoriais.

Vale dizer que o voto, muito mais do que apenas um indicador numérico, também possui a importantíssima função de comunicar aos eleitos quais os principais interesses emergentes da sociedade, que devem ser levados em conta na hora de balizar os desígnios governamentais.

Muito mais do que um jogo em que o vencedor leva tudo e os derrotados são completamente anulados em seus reclamos, o sufrágio universal significa, em última análise, que todo voto conta, que todos têm igual voz, que ninguém fica para trás e que os governantes eleitos devem ter seus poderes limitados na medida dos interesses denotados pelos votos.

Dessa maneira, o chamado, impropriamente, voto útil, aquele em que se busca a eliminação de um candidato, é o oposto do que se pode entender por algo que otimize a manifestação de vontade individual. Voto útil não é aquele descartado nas fogueiras da intolerância política. Não é aquele nascido de chantagens, ojerizas e medos sociais. Não é aquele atirado junto às escórias populistas, prejudicando a diversidade e a pluralidade de desejos sociais, e destruindo políticas públicas inclusivas ao majorar as barreiras sociais existentes.

Essa armadilha antidemocrática chamada ‘voto útil’ é extremamente excludente! O verdadeiro voto útil não é aquele que se concentra em um candidato para derrotar outro, mas sim aquele que cumpre todas as suas funções, decidindo maiorias, estabelecendo minorias, comunicando os interesses nacionais e setoriais e influenciando a estruturação de eficientes políticas públicas.

O verdadeiro voto útil é aquele que otimiza a cidadania ativa, impulsionando as individualidades na fiscalização dos atos governamentais, na participação política, eleitoral ou não, perante a sociedade civil, e nas constantes críticas aos eventuais descalabros perpetrados pelos eleitos.

O desenvolvimento sustentável, inclusivo e justo, depende do verdadeiro voto útil, o voto consciente e autêntico!

André Naves é defensor público federal, especialista em direitos humanos e sociais, escritor, professor e palestrante.

Palavra do Leitor

Carla Morando

É curioso ver alguém como a senhora Carla Morando pedindo votos de maneira tão incisiva. Logo ela, que foi uma das deputadas a apoiar a reforma estadual da Previdência, prejudicando os trabalhadores. Também se mostrou favorável à exclusão de todos os direitos dos servidores, apesar do salário miserável que recebem. Isso, fora concordar com todas as insanidades do sr. João Doria que só trouxeram dificuldades à população: aumento de IPVA, pedágios, direitos dos idosos violados e mais uma série de atrocidades. Além de tudo, é esposa de um dos piores prefeitos do Grande ABC, que está acabando com São Bernardo. Eleitor consciente não vota em Carla Morando, não vota no PSDB e em nenhum seguidor de João Doria. 

Isabel Monteiro Rocha - Santo André

Tarcísio de Freitas

Estão fazendo um escândalo porque Tarcísio não lembrou o nome da escola onde vota. Qual o problema? Eu sei ir à escola onde voto, mas não sei o nome. Isso desqualifica o eleitor? Toda guerra é porque ele não nasceu em São Paulo. E daí? Tem tanta gente que nasceu em São Paulo está na política e só se serve das benesses. Nesse momento o que conta é a capacidade de fazer e não ser poste de ninguém. E sua competência ele provou. Tarcísio deveria ter sacado seu e-Título do celular e mostrado o local. 

Izabel Avallone - Capital

Marcos Pontes - 1

Achei bem sensato da parte do ex-ministro e candidato a senador Marcos Pontes defender a união dos candidatos de direita para impedir a vitória do esquerdista Márcio França, que o ex-governador João Doria chamava de Márcio Cuba (Política, ontem). Janaina Paschoal faria de novo um bem ao Brasil, assim como fez ao propor o impeachment da presidente Dilma Rousseff, se abrisse mão de sua candidatura em prol da do astronauta, o único com condições de derrotar o PT e seus aliados em outubro. 

Sérgio Pinto - Santo André

Marcos Pontes - 2

O ex-ministro Marcos Pontes cantou a bola para o Grande ABC: o futuro da economia regional, que enfrenta grave processo de desindustrialização, passa pela inovação tecnológica. É preciso urgentemente substituir a indústria automobilística impulsionada por motor movido a combustível fóssil pela 4.0, baseada em inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. 

Antônio Ozeiro Tabul - Diadema

Eleição 

Não podemos desistir do nosso rico e maravilhoso Brasil, apesar da insegurança jurídica, em constantes desagravos à Constituição, justo de quem, sem ética, deveria zelar por ela, sob o olhar complacente do Senado, e onde a corrupção, quando descoberta, os corruptos são simbolicamente punidos, além da nítida opção de, celeremente, venezuelarmos; será o caso de quem puder abandonar o País com o dever de “o último apagar a luz”. É isso que queremos?

Humberto Schuwartz Soares - Vila Velha (ES)

Aborto

Existe uma corrente com forte propósito para que o aborto venha a ser aprovado no Brasil e ao que parece sem nenhuma vontade ou motivação dos postulantes para desistência em seus intentos. Não estou aqui escrevendo ou representando instituição moralista nenhuma, tampouco nenhuma denominação religiosa, crença espiritual, ateísta ou tomando partido político algum. Estou sim propondo uma reflexão. Interromper a vida de um feto/embrião de gravidez indesejada não deixa de ser ato criminal doloso. Nossos três governos, o federal, o estadual e o municipal, deveriam inclinar-se para que esse levante deixe de existir. Existem em nosso Brasil muitos pais e mães impossibilitados de terem seus filhos por alguma razão natural de saúde e que sonham em adotar uma criança nem se importando com o sexo desses bebes ou crianças. A vida não é e nunca foi um acaso ou coincidência qualquer, sempre será vida.

Cecél Garcia - Santo André




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