Delânia Angêlo de Meneses, 50, dona de casa e síndica, disse que a regularização é uma reivindicação antiga. “Era uma luta diária nossa, já faz 13 anos que estamos correndo atrás disso. Agora, finalmente, teremos nossas escrituras e essa é a coisa mais importante”, disse a moradora. 

A iniciativa é fruto de uma parceria da Secretaria de Habitação com a Emhap (Empresa Municipal de Habitação Popular) e faz parte de um projeto de urbanização que começou em 2019 com a reforma do conjunto. Foram feitas obras de melhorias como a implementação de encanamento de gás, ativação do reservatório de água, revitalização dos ambientes externos, criação de uma horta e de um campo de futebol. Ao todo foram investidos R$ 423 mil na área. 

“Esse foi o nosso desafio desde 2017. Além de produzir habitação, acabar com esse déficit de moradia. Hoje temos mais de 10 mil moradias em produção e, com certeza, nós vamos entregar uma cidade com déficit muito menor até o final de 2024”, disse o prefeito, “Isso é pertencimento, dignidade e orgulho de morar em Santo André”, concluiu. 

O objetivo da Prefeitura é que todas as 700 famílias que vivem no bairro tenham segurança jurídica garantida pelo poder público. “Quando temos uma parceria séria com a sociedade civil, nossos conselheiros municipais de habitação nos ajudam a conseguir os recursos necessários para subsidiar essas obras”, disse Rafael Della Rosa, secretário de habitação. Ele ainda informa que, de acordo com o cronograma da pasta, o próximo conjunto a ser beneficiado será o Jorge Beretta, no Parque Erasmo Assunção. 

HISTÓRICO

Antes da revitalização, o conjunto habitacional Jardim Cristiane estava em situação de abandono, com irregularidades e insegurança. De acordo com os moradores, o local alagava com frequência, estava depredado e havia risco de incêndio. Após as intervenções, a Emhap também levou assistência social para as pessoas que vivem no conjunto, de modo a auxiliar na construção de uma consciência coletiva voltada para a preservação da moradia.