De acordo com o documento, a expectativa da diretoria do banco é a de que o IPCA registre uma variaçao, em 2001, de 3,9%. Essa projeçao é feita com base na taxa Selic de 15,75% ao ano, porcentual definido na última reuniao do ano do Comitê de Política Monetária (Copom).

Combustíveis - O Banco Central prevê em seu relatório de Inflaçao do último trimestre do ano uma queda nos preços da gasolina no próximo ano, com reduçao de 4% no conjunto dos preços dos derivados de petróleo.

A reduçao deve resultar da queda das cotaçoes dos contratos futuros de petróleo e da introduçao do novo mecanismo de ajuste de preços de combustíveis.

PIB - Ainda de acordo com relatório do BC, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 4,5% no próximo ano, com base na manutençao da taxa Selic em 15,75% ao ano. O BC surpreende com esta estimativa, já que até agora todas as outras previsoes davam conta de que o PIB cresceria no máximo 4% em 2001.

Balança Comercial - O Banco Central também mostra-se otimista em relaçao ao fechamento da balança comercial para o próximo ano, que deverá terminbar com um superávit de US$ 1 bilhao. No entanto, as previsoes para 2000 nao se concretizaram. O BC tinha uma previsao de US$ 4 bilhoes de superávit para o fechamento da balança deste ano. A diferença entre as importaçoes e exportaçoes, no entanto, foi negativa de US$ 667 milhoes.

A taxa de juros é quem deve ditar o comportamento da economia no próximo ano. De acordo com analistas, o crescimento de 4,5% da economia será mais fácil de ser alcançado com uma queda ainda maior na taxe de juros. Se isso acontecer, porém, o superávit da balança comercial vai se tornar cada vez mais difícil.