Adolescentes em busca de companhia, mesmo que efêmera, compuseram a maior parte das 2 mil pessoas presentes no clube. Camila Nobeschi, 16 anos, de Santo André, foi categórica. “Vim para paquerar, não gosto muito da música”, disse. Henrique Feriani, 18, também de Santo André, paramentou o tênis com fios de luz fosforescente e foi alvo das muitas câmeras digitais. Embora não estivesse dançando, afirmou ter ido à festa para curtir o som de Marky.

Havia também aqueles que só queriam dançar até se acabar. O paulistano Flávio Paes, por exemplo, não parou um minuto sequer. “Venho sempre a essa balada quando estou em Santo André”, afirmou ele, que mora no Morumbi e tem amigos na região.

Agitadíssimo, o DJ Marky assumiu as pick ups, antes comandadas pelos DJs residentes FG, Rob e Tchula, às 21h40. Em frente a uma pista composta por quase 2 mil pessoas, que responderam a seu drum’n’bass extasiadas, ele balançou os braços freneticamente. Marky, residente da casa Lov.e, em São Paulo, costuma ir a Londres a cada dois meses, onde toca na casa Rumba. “O público daqui não é muito diferente do europeu”, comentou o DJ, que criou em Londres, em parceria com o DJ Xerxes de Oliveira (ou XRS), o selo Innerground, pelo qual deve lançar seu próximo álbum.

Primavera - Outro evento no universo da música eletrônica reuniu milhares na região no fim de semana passad. A rave Spring It Up, uma espécie de Woodstock eletrônica (com direito até a lama), fez as cerca de 3 mil pessoas presentes dançarem por 21 horas consecutivas ao som de 23 DJs diferentes, de sábado para domingo. O local, um sítio na rodovia dos Imigrantes, é de encher os olhos.