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Casos de varíola dos macacos crescem 120% em uma semana

Região registra 22 pacientes infectados; São Bernardo concentra metade das ocorrências, sendo todas autóctones

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
22/07/2022 | 08:26
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Reprodução/Fotos Públicas/NIAID


Os casos de varíolas dos macacos cresceram 120% em apenas uma semana na região. Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema registraram até ontem 22 ocorrências da doença, sendo que no mesmo período da semana passada haviam 10 pacientes infectados. São Bernardo concentra metade dos casos, com 11 no total, sendo que todos são autóctones (por transmissão local) e não possuem histórico de viagem para o exterior.

Segundo informaram as prefeituras, todos os infectados apresentam bom estado de saúde e 17 pessoas seguem em isolamento, sendo monitoradas pelas vigilâncias sanitárias de cada município. Em Diadema, os quatro infectados são homens, com faixa etária de 30 a 42 anos e não relataram viagem para fora do País, mas todos estiveram em cidades com casos confirmados no Brasil.

Até o momento, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registraram nenhum caso da doença.

O principal sintoma da varíola é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, na boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Entre outros indícios da doença são caroço no pescoço, axila e virilhas; febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares.

A Secretaria Municipal de Saúde de Diadema ressaltou que a prevenção da varíola é parecida com a da Covid-19. “Principalmente em relação aos cuidados com a higiene das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal. Também é recomendado evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele parecidas com espinhas ou bolhas”, esclareceu o órgão em nota.

Até ontem, o Ministério da Saúde havia contabilizado 607 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) no País. São Paulo segue como o Estado com maior número de registros, com 438 no total, seguido por Rio de Janeiro (86), Minas Gerais (33), Paraná (10) Goiás (8) e Bahia (5), Ceará (2), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1) e Santa Catarina (1). No Distrito Federal, 12 pessoas foram infectadas pelo vírus.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) notificou 14.533 casos confirmados no mundo, incluindo cinco mortes. O órgão ainda não declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde pública internacional, como já ocorre com a Covid.

O professor de Infectologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Abrão, alerta para o alto nível de transmissibilidade e para o risco de morte pela infecção da varíola. “Pode ser um vírus letal sim, porém aqui no Brasil ainda não foi registrado nenhum óbito. O Estado de São Paulo, que possui mais infectados, pode ser o epicentro da doença no País, porque registrou as primeiras ocorrências e também por concentra maior número de pessoas”, finaliza o docente. 




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