O patrimônio líquido da Varig também foi negativo em 2002: R$ 4,5 bilhões. Patrimônio líquido negativo significa que a empresa tem mais contas a pagar do que ativos.
O conselho da Fundação Ruben Berta, que controla a Varig, publicou um comunicado defendendo a fusão com a TAM, outra importante companhia aérea brasileira, "como solução honrosa e razoável" para a situação da empresa, e ressaltando que a nova companhia será "financeiramente viável, sem riscos de aumentos (de tarifas) para os usuários".
"A fusão é uma conseqüência do exame da situação financeira, com déficits incontroláveis de caixa e patrimonial, com dívidas impagáveis das empresas do grupo Varig, que impossibilitam solução individual", assinalou o comunicado.
Os diretores da Fundação Ruben Berta disseram ainda que "as sucessivas negociações da dívida desgastaram o grupo e que o colapso da companhia não interessa ao país".
A fusão é considerada "o primeiro passo para a reestruturação da aviação comercial brasileira, para que seja competitiva e continue existindo, o que está em dúvida nas condições atuais", segundo o analista José Carlos Martinelli, presidente da consultora Eurolatin.
A noa empresa que juntará Varig e TAM terá uma frota de 218 aviões 26.017 funcionários, abrangendo cerca de 70% do mercado de passageiros.
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