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UPAs ajudam, mas PS ainda atende 1,5 mil por dia
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
31/03/2011 | 07:26
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A construção de quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em São Bernardo aliviou a demanda do Pronto-Socorro Central nos últimos dois anos, mas ainda está longe de ser uma situação ideal. Na época, 2.100 pessoas eram atendidas diariamente. Hoje, de acordo com a superintendente Elaine Lopez, o número raramente é menor do que 1.500 atendimentos, embora o secretário de Saúde, Arthur Chioro, tenha afirmado que teria caído para 1.100. "Foi uma sensível diminuição, mas é difícil porque as pessoas continuam procurando o PS", disse Elaine.

Ontem à tarde, algumas pessoas que aguardavam atendimento ou a transferência de pacientes graves para outros hospitais ainda demonstravam impaciência. A auxiliar de cabeleireiro Iolanda de Araújo, 43 anos, diz que a demora no atendimento continua sendo um problema. "Não mudou nada. Muita gente desiste e vai embora. Canso de ver isso acontecer aqui", declarou, enquanto aguardava a filha ser transferida para o Hospital Estadual Mário Covas. Já o vendedor Adriano da Silva, 26, reclamou da falta de medicação para procedimentos médicos na unidade. No entanto, uma dona de casa que chegou com dores na coluna conseguiu ser atendida em uma hora e receber uma injeção. "Vim preparada para passar horas, mas hoje (ontem) até que foi rápido", disse Arlene Fernandes, 59.

A superintendente do PS explicou que as mudanças são imprevisíveis. "Tem dia que explode de atendimentos. Agora, por exemplo, vai começar a época de doenças respiratórias. É muito sazonal." Segundo Elaine, as UPAs estão ajudando a absorver a demanda de casos mais leves, o que colaborou para a diminuição dos atendimentos. Além disso, os pacientes que são encaminhados ao PS já chegam com diagnóstico pronto.

NOVAS UPAS
Na primeira semana de abril o prefeito Luiz Marinho (PT) deve assinar a ordem de serviço para construção de três UPAs: Paulicéia/Taboão, Alves Dias/Assunção e Baeta Neves. Com as três inaugurações deste ano, que devem ocorrer até agosto, o secretário de Saúde, Arthur Chioro, estima que a demanda do PS sofra uma redução de até 40%.

A primeira a ser inaugurada foi a unidade da Vila São Pedro, em dezembro de 2009. No ano seguinte, foram mais três: Demarchi/Batistini, União/Alvarenga e Riacho Grande. O PS Central ainda é alvo de muitas reclamações, por conta de sua estrutura limitada e mal planejada. Mas Chioro avalia que a situação já foi muito pior. "A Bagdá do SUS (Sistema Único de Saúde) está pacificada. Era um caos, agora está muito difícil. Ainda não temos um centro cirúrgico, por exemplo."

A expectativa é que a situação melhore com a construção do Hospital de Urgência, que deverá ser entregue no ano que vem, conforme o Diário noticiou em fevereiro. A unidade deverá solucionar o problema da alta demanda no setor de emergência da cidade e será especializado em atender casos de alta complexidade, já que as UPAs atendem à demanda de pequena e média gravidades.




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