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Fiscal nega cobrança por ambulância em Sto.André
Ana Macchi e Mário César de Mauro
Do Diário do Grande ABC
16/04/2003 | 21:16
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O funcionário municipal encarregado de fiscalizar e agendar ambulâncias na sede operacional do projeto Rolando Saúde, da Prefeitura de Santo André, Jorge Avelino, 33 anos, depôs por cerca de duas horas quarta-feira à tarde no 4º DP de Santo André. Segundo o delegado titular Claudio Nomura, ele negou que tenha havido a exigência de R$ 240 no local onde trabalha – a central operacional do 192 que funciona na sede da avenida D. Pedro II, 1.578, da empresa prestadora CML Hold Hospitalar Saúde Delivery – dia 11 de março último para o traslado dos filhos do comerciante Wanderlei Jurado Puras, de Santo André ao Hospital das Clínicas, na capital. Avelino se negou a falar com a reportagem na saída da delegacia.

Conforme a denúncia do comerciante, Avelino teria presenciado a exigência dos R$ 240 – estava ao lado do funcionário da Delivery que pediu o dinheiro em troca da execução do serviço. O funcionário, conhecido como Jucilei, deve prestar depoimento na delegacia nos próximos dias. Jucilei trabalha ao lado de Avelino na central operacional 192. O serviço deveria ser gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O Diário, na época da denúncia, esteve na central operacional e constatou que a oferta era feita por funcionários abertamente em balcões da recepção. Um outro inquérito policial aberto na mesma delegacia apura a falta de profissionais no atendimento e condições precárias nas ambulâncias.

O contrato entre a Prefeitura e a Delivery também está sendo investigado pelo Ministério Público. No documento, constam como proprietários da empresa Adriana Madia Biasi e Antonio Marcio Neves. Porém, na empresa, funcionários informaram que o proprietário seria o oficial de Justiça Wagnoilde Jacó Araújo.

As denúncias contra a Delivery fizeram o prefeito de Santo André, João Avamileno, cogitar na última segunda-feira o rompimento do contrato, firmado em R$ 144 mil mensais. O acordo oficial expira em maio, mas pode ser renovado por mais 60 meses (cinco anos).




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