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Cidades da região dão início às atividades do Março Lilás

Iniciativas foram programadas com foco na prevenção do câncer de colo de útero, o segundo que mais mata mulheres

Renan Soares
Especial para o Diário
12/03/2022 | 00:01
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Prefeituras do Grande ABC deram início ao Março Lilás com campanhas de prevenção e oferta de exames preventivos focados no combate ao câncer de colo de útero. A campanha, que coincide com o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, busca estimular a atenção do público feminino para a doença que, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) mata cinco a cada 100 mil mulheres e que é mais comum depois do 30 anos. 

“O câncer do colo uterino é o segundo câncer ginecológico mais frequente e o que mais mata as mulheres depois do câncer de mama no Brasil. Já podemos dimensionar a importância e o quanto é necessária a sua prevenção e o tratamento. Esse tipo de câncer é prevenível, tratável e completamente curável quando detectado precocemente. Ele é produzido no colo uterino, que se localiza no fundo da vagina, e é a porta de entrada do útero da mulher”, explica Rosângela Ribeiro Baptista, ginecologista da rede pública de saúde de Ribeirão Pires.

Santo André vem reforçando as ações de conscientização e prevenção, com buscas ativas nos territórios da cidade para que cada vez mais mulheres realizem o exame. A Prefeitura afirma que promove campanhas sobre o assunto durante o ano inteiro. O principal exame é o citopatológico, conhecido como Papanicolau, sendo que todas as unidades de saúde do município coletam o exames mediante agendamento prévio. Além disso, no dia 31 de março, no encerramento das atividades do Março Lilás e do mês da mulher, será realizada a palestra Prevenção do Câncer Ginecológico ministrada pela gerente do Hospital da Mulher, Sandra Tanaka, e a equipe multidisciplinar do local. Para homenagear as mulheres, durante esta semana os edifícios do Paço andreense ganharam iluminação especial.

São Bernardo realiza exames preventivos de detecção de câncer de colo de útero e mama nas 33 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) hoje, considerado pela Prefeitura como o Dia D para o combate às doenças. Em São Caetano, na terça-feira o CEM (Centro de Especialidades Médicas), na Rua Heloísa Pamplona, 269, no Fundação, vai receber diversas atividades relacionadas à saúde feminina, incluindo informações sobre o câncer de colo de útero. Além disso, as 12 UBSs farão a coleta do Papanicolau em livre demanda (sem a necessidade de agendamento) durante o mês. Em 2019, a cidade registrou 27 casos da doença, seguidos por 19 em 2020 e seis em 2021.

Em Ribeirão Pires, a Prefeitura iniciou. por meio das redes sociais, campanha sobre a importância da realização do exame de Papanicolau como forma de prevenção à doença. Além disso, a vacina contra HPV é disponibilizada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para jovens de 9 a 15 anos (melhor idade para resposta imunológica). Os exames de Papanicolau são realizados em todas as UBSs, e caso haja a suspeita de lesão as pacientes são encaminhadas para exame de colonoscopia.

A Prefeitura de Rio Grande da Serra ainda estuda a programação voltada à saúde da mulher, que deve ocorrer na segunda quinzena de março. Mauá começou na quinta-feira, na Praça do Relógio, no Centro, o Março da Mulher, conjunto de ações para prestação de serviço às mulheres. A Prefeitura, no entanto, não deu mais detalhes sobre essa ação. Na terça-feira, as tendas serão instaladas no Zaíra 2, na Rua Guerino Boscariol, das 9h às 12h, já na quinta-feira, no mesmo horário, a ação estará na Praça Pastor José Filho, na Vila Magini, próximo à academia ao ar livre. 

No Brasil, segundo dados do Inca, foram estimados 16.710 casos novos para 2022, cerca de 15,38 diagnósticos a cada 100 mil mulheres. Em 2019, no último balanço divulgado pelo instituto sobre óbitos, ocorreram 6.596 mortes. “É muito importante a existência de ações de saúde pública mais abrangentes a favor da prevenção do câncer do colo uterino. Nos últimos dois anos grande número de mulheres deixaram de realizar seu exame preventivo por conta da pandemia, assim podem estar deixando de detectar uma lesão ainda curável se diagnosticada. Então precisamos da mídia e de ações de saúde pública com cartazes, orientação, distribuição de material informativo”, explicou Rosângela.




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