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Fevereiro tem recuo de casos e alta de mortes por Covid-19

Foram 28.208 infecções confirmadas e 331 óbitos em consequência do coronavírus; Fiocruz vê cenário promissor

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
01/03/2022 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


A pandemia da Covid deu sinais de enfraquecimento em fevereiro. Apesar de o mês ter terminado com alta de 90,2% no número de mortes na comparação com janeiro – foram 331 óbitos contra 174 do primeiro mês do ano –, a mortalidade, de acordo com especialistas, é reflexo do alto número de pessoas infectadas pela variante ômicron em janeiro, que bateu o recorde de toda a crise sanitária com 44.055 casos reportados contra 28.208 de fevereiro, recuo de 36%.

De acordo com dados da plataforma SP Info Tracker, o tempo médio para resolução de casos de Covid no Grande ABC é de 15 dias, ou seja, o reflexo do número de infectados é sentido praticamente duas semanas depois e essa é a explicação para o alto número de mortes registrado em fevereiro. Ainda de acordo com o site, o pico da variante ômicron na região foi no fim de janeiro. Apenas como comparação, entre 16 e 29 do primeiro mês do ano, foram reportados pelas sete prefeituras 23.948 casos de Covid, ou seja, 4.260 a menos do que o computado em fevereiro inteiro.

De acordo com boletins epidemiológicos enviados pelas sete prefeituras, foram registrados, em média, 975 novos casos a cada 24 horas nos últimos 14 dias, número 6,1% menor do que o computado nos 14 dias anteriores, que teve média diária de 1.039 casos. A marca poderia ser ainda menor, mas a Prefeitura de São Bernardo reportou 5.891 infectados só na sexta-feira, resultado de registros que estavam represados.

De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) existem claros sinais de que a pandemia está enfraquecendo, mas ainda não é o momento de decretar o fim da crise. “Embora o cenário geral seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda dos principais indicadores como pelo avanço na cobertura vacinal, além da chegada de medicamentos para o tratamento da Covid-19, é importante sublinhar que a pandemia ainda não acabou”, afirmam os pesquisadores da Fiocruz. “Não é possível pensar na mitigação da pandemia no Brasil como um todo utilizando indicadores globais do País sem um olhar atento para outras escalas. Enquanto houver descontrole dos indicadores em um único município a pandemia não terminará”.

Para a Fiocruz, o enfrentamento do cenário atual da pandemia exige combinar políticas de combate às fake news com busca ativa dos não vacinados pela atenção primária à saúde. Também são sugeridas estratégias de ampliação de horário das unidades de saúde e campanhas de vacinação nas escolas, atingindo crianças, pais e professores. Outro ponto que deve ser avaliado são políticas públicas que considerem a exigência de passaporte vacinal nos locais de trabalho, para trabalhadores de empresas privadas e públicas, além de motoristas de transporte de pessoas, como ônibus, táxis e aplicativos.

No Grande ABC, 94,1% das pessoas com 5 anos ou mais já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid e 84,4% estão com o esquema vacinal completo. Já a dose de reforço é realidade para 49,3% dos moradores da região.




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