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Chuva volta a castigar Santo André e Mauá

Temporal, que começou por volta das 13h15, durou cerca de uma hora e alagou vários pontos nas duas cidades

Francisco Lacerda
04/01/2022 | 08:29
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Celso Luiz/DGABC


A tempestade que mais uma vez castigou o Grande ABC ontem, primeiro dia útil de 2022, provocou alagamentos em diversos pontos da região. O temporal, de cerca de uma hora, começou por volta das 13h15 e deixou várias áreas intransitáveis. Foram registrados 60 mm (milímetros) de chuva, segundo a Prefeitura de Santo André. Já em Mauá, a Defesa Civil da cidade informou 36 mm.

O Departamento de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura de Santo André comunicou, por meio de nota, que a expectativa é a de que o verão, que teve início dia 23 de dezembro, seja “atípico em quantidade e velocidade das chuvas”, em relação aos anos anteriores. Para se ter ideia, dia 28 de dezembro, na última vez em que a região havia sido castigada pela chuva, em 30 minutos choveu 109 mm, quase metade do esperado para todo o mês de dezembro. A circulação de trens ficou interrompida no trecho entre as estações Prefeito Saladino e Capuava por cerca de 20 minutos devido a alagamento.

“A gente está aqui no COI (Centro de Operações Integradas) acompanhando o monitoramento dessa grave chuva na nossa cidade. Foram 109 milímetros de chuva em meia hora, o esperado para o mês todo de dezembro”, explicou, na época, o prefeito andreense Paulo Serra (PSDB).

De acordo com a nota da Prefeitura de Santo André, foram registrados ontem mais pontos de alagamentos em vias de alta e média circulação, e não houve casos de deslizamentos, como nas avenidas dos Estados, Industrial, Santos Dumont e Firestone, vias do Centro e Praça 14 Bis. A Prefeitura de Santo André iniciou os trabalhos de limpeza e recuperação dos viários e equipamentos públicos atingidos assim que as águas baixaram

“O trabalho de assistência humanitária continua para atendimento a todas as famílias diretamente afetadas, contando com o apoio irrestrito do Fundo Social de Solidariedade”, informou a nota.

A orientação é de que a população evite o deslocamento caso não seja necessário e que os moradores das áreas de risco redobrem a atenção em caso de chuva forte, sendo que a qualquer sinal de perigo saiam de suas casas e procurem um local seguro. A população atingida deve solicitar o auxílio da Defesa Civil pelo 199.

Em Mauá, a Defesa Civil registrou sete pontos de alagamento, dois deles intransitáveis, na Avenida Humberto Soares Sampaio, no Capuava, e na Castelo Branco, no Zaíra 2.

CHUVAS DE VERÃO

A Prefeitura de Santo André lançou, no fim de novembro, o programa Operação Chuvas de Verão, que traz planejamento completo de contingência para o período de chuvas que vai até 15 de abril. O projeto traça protocolos para resposta rápida e integrada a emergências causadas por chuvas intensas no território andreense.

O plano municipal busca minimizar os impactos das chuvas para a população e foi formulado com base em extensa análise de cenários de risco, no monitoramento de dados meteorológicos, hidrológicos e geológicos, e na gestão de recursos, de forma articulada com a administração direta e indireta. O programa de minimização de impactos orienta o que deve ser feito e por quem em cada estágio de emergência, visando a volta à normalidade e minimizando desastres maiores. O foco principal é a prevenção, tanto de estrutura física das variadas regiões da cidade, como também da orientação para a comunidade, com o objetivo de prevenir situações mais graves.

Vale lembrar que está prevista a construção de piscinão no Parque Ana Brandão, que atenderá a região da Vila América. O financiamento já foi aprovado pelo CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e a obra terá início ainda neste primeiro semestre.

Santo André ainda realiza manutenções preventivas e corretivas nos dispositivos de drenagem, como bocas de lobo, bem como em córregos, rios, piscinões e microreservatórios. A frequência de limpeza dos piscinões é determinada conforme vistoria técnica de drenagem e monitoramento através de câmeras, onde são verificadas as condições locais do momento.

A frequência de limpeza de bocas de lobo dá-se por meio do cronograma anual, de aproximadamente a cada três meses. No entanto, nos pontos considerados inundáveis, a manutenção é intensificada no período chuvoso. Conforme as manutenções subsidiadas pelo cronograma preventivo anual são removidas aproximadamente 30 toneladas/mês de resíduos, entretanto, nos períodos chuvosos, esse volume pode aumentar em torno de 20%, em decorrência do carreamento de resíduos/materiais levados pela água para dentro das bocas de lobo.

O município possui sete reservatórios de retenção de águas pluviais, que estão recebendo ampliação e investimentos. O total de gasto em 2021 com a manutenção dos equipamentos foi de R$ 1,75 milhão. 




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