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Doria reavalia liberação de máscara após 2 casos da nova variante em SP

Governador João Doria pede a comitê estudo para reavaliar a liberação do uso de máscara em lugares abertos a partir do dia 11

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
01/12/2021 | 00:07
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Claudinei Plaza/DGABC


O governador João Doria (PSDB) vai reavaliar a decisão de suspender o uso de máscara em lugares abertos a partir do dia 11. A decisão foi divulgada ontem, minutos depois de a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmar os dois primeiros casos importados da nova variante ômicron do coronavírus. O tucano disse que solicitou ao Comitê Científico nova avaliação sobre o assunto, parecer que só deve ficar pronto na próxima semana. No Grande ABC, cinco das sete cidades já tinham decidido manter as máscaras pelo menos até o fim do ano – as exceções são São Caetano e São Bernardo.

Secretário executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Acácio Miranda disse que encontro no colegido no próximo dia 7 definirá possíveis medidas de combate à nova variante do coronavírus. “Nós manteremos as restrições adotadas até então e aguardaremos eventuais manifestações do poder público federal ou do poder público estadual. Dia 7 os prefeitos irão discutir esse tema, a depender das circunstâncias, dos patamares que nós estivermos até lá sobre eventuais restrições. No mais a gente mantém a máscara até dia 31de dezembro, fora as outras medidas.”

A confirmação dos dois casos da ômicron em São Paulo foi feita após sequenciamento genético no laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein, com qualidade já avaliada e atestada pelo Instituto Adolfo Lutz do governo do Estado. Os dois casos são de homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul. Eles desembarcaram no Brasil dia 23 e fizeram exame antes de embarcar novamente no dia 25. Ambos tiveram resultado positivo em exames de PCR coletado no laboratório do Einstein instalado no Aeroporto Internacional de Guarulhos antes de viagem à África do Sul.

O exame inicial foi feito no dia 25 de novembro e os dois apresentavam sintomas leves na ocasião. Diante do diagnóstico positivo, o casal foi orientado a permanecer em isolamento domiciliar. Ambos estão sob monitoramento das vigilâncias estadual e municipal de São Paulo, juntamente com seus respectivos familiares.

GRAVIDADE
Os primeiros relatos dos médicos da África do Sul indicam que a ômicron se espalha rapidamente, mas sem grande número de casos graves. “Essa observação na África do Sul ainda é empírica, mas corrobora a hipótese de atenuação do vírus e aumento da transmissibilidade”, comenta o professor Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de virologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Para o epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas), os relatos dos médicos da África do Sul podem ser um sinal de que o coronavírus está evoluindo como muitos outros vírus que são muito agressivos no início, mas se tornam atenuados com o tempo. “Pode ser que isso esteja acontecendo, o que seria uma boa notícia, mas ainda é cedo para saber”, afirma.

OUTRO CASO
Está em andamento no Adolfo Lutz o sequenciamento genético referente ao caso comunicado à vigilância estadual domingo. O passageiro com origem da Etiópia não apresentava sintomas e, por ter visitado a África do Sul, buscou a testagem no aeroporto de Guarulhos. Ele reside na cidade homônima, onde segue em isolamento desde o desembarque e é monitorado pela vigilância do município. A expectativa é que o sequenciamento do seu exame seja divulgado amanhã. (com Agências) 




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