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‘A nossa bela vila volta outra vez a ser cidade.’ São Bernardo e o 30 de novembro de 1944.

‘Hoje quem faz Memória é o advogado Mauricio Soares de Almeida. Em 30 de novembro de 1999 ele presidiu a cerimônia dos 55 anos da emancipação de São Bernardo, na qualidade de prefeito, e seu discurso foi gravado por esta página Memória

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
30/11/2021 | 00:01
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Resolvemos celebrar mais solenemente a data de 30 de novembro, considerada a data da emancipação de São Bernardo. Nós comemoramos o aniversário da cidade no dia 20 de agosto. É uma data que não tem muita sustentação histórica e que foi fixada por ser o dia do padroeiro da cidade, São Bernardo de Claraval.

Em 1938 houve uma legislação estadual que transferiu a sede do município de São Bernardo para Santo André. Até então, daqui de São Bernardo se governava toda a região. Mas Santo André cresceu mais que São Bernardo. Daí a mudança da sede.

Com a mudança, São Bernardo voltou a ser conhecida como vila. Até hoje os mais antigos ainda chamam São Bernardo da velha e querida Vila. Até o hino da cidade faz referência a essa vila.

Com a alteração, famílias ilustres de São Bernardo começaram a trabalhar pela nova emancipação. As famílias de Armando Italo Setti, Pery Ronchetti, João Corazza, Dr. Gabriel Nicolau, Francisco Miele, Plínio Ghirardello, Nerino Colli.

Eles faziam reuniões num café da Rua Marechal Deodoro, o Restaurante e Café Expresso. Foram várias as tentativas, até que no dia 30 de novembro de 1944, através do decreto estadual 14.344, São Bernardo recuperou sua autonomia passando a se chamar São Bernardo ‘do Campo’.

Em 1º de janeiro de 1945 o município é instalado oficialmente, sendo nomeado prefeito o Sr. Wallace Simonsen, cujo busto nós vemos aqui na praça.

NOTA DA MEMÓRIA

É um belo discurso o do prefeito Mauricio Soares, do qual extraímos apenas o tópico referente à emancipação. A fita completa é um dos tesouros que guardamos com carinho.

Na introdução, o prefeito se refere aos tempos idos da cidade; e na conclusão, analisa a transformação da cidade numa grande expressão política e econômica brasileira que – em 1999 – vivia fase difícil motivada por uma reconversão nunca antes vista, com a predominância dos setores de serviços e comércio em detrimento da chamada industrialização.

A FESTA DE 1999

O repórter-fotográfico Oscar Jupiracy fotografou a solenidade de 30 de novembro de 1999. 

O SDHL (Serviço de Documentação da História Local) organizou um museu de rua. 

A Banda Sinfônica Municipal esteve presente. 

Os atiradores do TG também. 

Um grupo de alunos do Instituto de Educação João Ramalho trouxe uma faixa lembrando que, no ano seguinte – 2000 – a escola completaria 50 anos de funcionamento.

Após o discurso do prefeito Mauricio Soares, Memória gravou três entrevistas: com o próprio prefeito, com o vice-prefeito Mauricio de Castro e com o secretário de Esportes, Carlos Maragno.

Gravamos, também, a execução do hino da cidade. 

Falava-se na abertura de um concurso para se eleger um novo hino. A composição original (música de João Silvério da Silva, letra de Wallace Simonsen) ficaria como o hino da emancipação.

Felizmente, o projeto naufragou. Até se elegeu um novo hino, que não pegou. E hoje, a composição do maestro João Silvério da Silva (João Gomes) e do prefeito Wallace Simonsen é executada em todas as solenidades.

A cidade deveria cantar mais: “Custou, mas veio, a justa reparação; nosso trabalho, não foi em vão”.

E HOJE?

Neste dia 30 de novembro de 2021, esperemos que a data não passe em branco e que, ao menos, um ramalhete de flores seja depositado junto ao busto do líder autonomista Wallace Simonsen, na Praça Lauro Gomes.

Senhores do cerimonial da Prefeitura e da Câmara Municipal, empreendedores da cidade, clubes de serviço, entidades representativas, clubes esportivos e recreativos, caso nada tenha sido organizado, ainda dá tempo.




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