Foram divulgados dois retratos falados – da mulher e de um dos homens – e a fotografia do outro acusado, Marcelo Pedroso da Silva, 20 anos, que está com a prisão preventiva decretada.

Segundo a polícia, a mulher é branca, magra, cabelos tingidos de loiro e mede cerca de 1,72m. O homem não identificado é pardo, corpo médio e baixo (1,60m). Silva é negro, 1,76m e magro.

Taxistas do centro cidade disseram à reportagem do Diário que no último sábado (uma semana após o segundo assassinato), o trio tentou fazer uma corrida, a partir de um ponto de táxi na avenida Senador Vergueiro, próximo ao Carrefour.

O delegado titular da Homicídios, Paul Henry Verduraz, disse que o nome do suspeito de participar do crime surgiu após uma prisão na semana passada, em Diadema. “Conseguimos uma informação de um comparsa do Marcelo (preso por tráfico), que afirmou que ele teria participação, ao menos, na morte do segundo taxista (Ricardo Pereira, 27, ocorrido na madrugada de sábado, dia 7).” Silva, porém, não foi localizado em seu barraco na favela da Coca-Cola, em Diadema, onde morava. Os outros acusados dos homicídios também podem ser moradores da mesma favela.

Já os retratos falados foram feitos com informações de uma testemunha que viu o trio em uma rua do bairro Ferrazópolis, por volta das 3h do dia 10, quando aconteceu o assassinato do terceiro taxista. Wilson da Silva Neto, 46, teria sido visto pela última vez por volta da 0h30.

“Conseguimos a informação de que ele teria feito uma corrida para a avenida Capitão Casa, por volta das 2h. Então, é possível que ele ter retornado para o Centro de São Bernardo. Uma testemunha viu o trio e a mulher deixar cair um revólver. Então, eles o ameaçaram e teriam comentado que iriam tomar um táxi”, disse Verduraz.

O local é perto do ponto de táxi e do salão de baile onde dois dos taxistas – Pereira e Neto – teriam iniciado a corrida com o trio. O primeiro taxista que morreu, Reginaldo Moreira dos Santos, 27, iniciou a corrida com o trio no bairro Piraporinha, próximo da favela da Coca-Cola, onde Pereira foi morto.

Taxistas da região central de São Bernardo continuam em pânico devido aos assassinados. “Sabemos que eles tentaram agir novamente no sábado no ponto da Senador Vergueiro. Os taxistas que estavam lá perceberam que deviam ser os três e disfarçaram, dizendo que estavam com corridas programadas”, disse J.S., 46. “Nenhum taxista fica esperando mais clientes no ponto do salão de baile”, afirmou E.M., 44. O.J., 59, disse que até os taxista que entram mais cedo estão indo embora. “Antes saíamos por volta das 22h. Agora, às 18h30 todos vão embora.”