Economia Titulo Dia de Finados
Liberação de entrada nos cemitérios anima floristas

Comerciantes esperam movimento 40% maior que no Dia de Finados do ano passado; será primeira vez sem restrições

Daniel Tossato
Nilton Valetim
Do Diário do Grande ABC
02/11/2021 | 08:24
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DGABC/ Celso Luiz


O primeiro Dia de Finados em que a entrada estará totalmente liberada nos cemitérios da região desde o início da pandemia traz esperanças aos floristas de melhorar o faturamento. Hoje, muitas pessoas que não puderam se despedir de parentes e amigos que perderam a vida para a Covid-19 deverão ir aos cemitérios para prestar homenagens. Com isso, os comerciantes projetam aumento de 40% nas vendas. A data é uma das mais tradicionais para este setor.

Um dos indicativos da animação dos floristas é a elevação do movimento na Nova Ceasa (Central de Abastecimento de Santo André), onde eles compram para revender. “Foi intensa a procura na sexta-feira. Cerca de 30% maior que na semana passada. Não vamos nem comparar com o ano anterior, porque foi atípico”, afirmou Reinaldo Messias, superintendente da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), que administra a Nova Ceasa.

O executivo lembrou que o mercado de flores no entreposto funciona sempre às terças-feiras e sextas-feiras, com 48 pontos de venda. Maria Aparecida Francomano Lopes, proprietária há 20 anos de uma floricultura no Cemitério da Saudade, em Santo André, reforçou o estoque para a data. “A expectativa é melhor possível. Tanto que comprei o dobro de flores em relação ao ano passado”, revelou.

Rafael Santos, que há 8 anos é dono de um comércio próximo ao no mesmo cemitério, também está esperançoso. “As flores estão um pouco mais caras, porque o produtor também aumentou. Tentamos segurar o preço, mas foi impossível. Acredito que o movimento pode aumentar 40% em relação ao ano passado. Então, estou otimista”, disse o comerciante andreense.

Em 2020, os cemitérios foram abertos para a visitação no Dia de Finados, porém, com restrições sanitárias, o que limitou o comparecimento de parentes e amigos. Na ocasião, lojistas ouvidos pela equipe de reportagem classificaram a data como “o pior de todos os tempos”.

Eles contabilizaram queda de 50% na comparação com 2019, quando a pandemia de Covid-19 ainda não havia sido decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A alta no preço dos produtos e o impacto da inflação sobre o salário das pessoas também afetaram as vendas de flores. A aposentada Claudia Bachent Teixeira, por exemplo, trocou o vaso que tradicionalmente compra por outro mais em conta. “Achei que esse ano as flores estão mais caras”, revelou a cliente.




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