Após ficar mais de um ano sem atividades, oito colégios municipais vão passar por reformas
ouça este conteúdo
|
readme
|
Após pouco mais de um ano fechadas devido a pandemia da Covid-19, oito escolas municipais de Mauá não vão reabrir. No momento em que o arrefecimento dos casos e mortes permitem a retomada das aulas presenciais, a Prefeitura decidiu reformar os espaços e manteve as crianças em casa.
As escolas passam por intervenções estruturais o que impede a presença dos alunos, que são obrigados a manter o ensino on-line. No portão de uma das unidades há cartaz dizendo que a reforma começaria dia 6 de outubro e iria durar uma semana, ou seja, deveria ter ficado pronta no dia 13. Aos familiares, no entanto, os dirigentes das escolas disseram que as aulas presenciais nestes equipamentos só serão retomadas em 2022,
Conforme a Prefeitura de Mauá, as escolas que passam por intervenções são: EM (Escola Municipal) Guimarães Rosa (Jardim Guapituba), EM João Rodrigues Ferreira (Jardim Itaussu), EM Maria Rosemary de Azevedo (Jardim Zaíra), Núcleo Professora Maria Wanny Soares Cruz (Vila Carlina), EM Martin Luther King Jr. (Jardim Campo Verde), EM Professora Neuma Maria dos Santos (Jardim Paranavaí), Em José Tomaz Neto (Jardim Pilar) e EM Terezinha Leardini Damo (Jardim Zaíra).
A situação prejudica as mães que não conseguem deixar os filhos nas escolas para poder trabalhar. Esse é o caso de Juliana dos Santos Paz, 35 anos, e que atua como manicure. Mãe de Helena, 3, ela relata que tem que pagar para que outras pessoas olhem sua filha enquanto trabalha. “A escola até entrou em contato com a gente para avisar que passaria por reforma, mas não deu nenhum tipo de previsão de quando a criança poderia voltar para a sala de aula. Hoje tenho que pagar para que outras pessoas olhem minha filha enquanto eu trabalho”, declarou Juliana. Helena frequenta a EM José Tomaz Neto.
Quem também enfrenta dificuldades na hora de trabalhar é a também manicure Gabriela Alcarria Dornellas, 33. Seu filho, de 4 anos, também é estudante da EM José Tomaz Neto. Gabriela, entretanto, consegue deixar seu filho com as avós de vez em quando e quando os familiares não estão disponíveis também tem que pagar para que seu filho fique com algum responsável. “Eles fecharam a escola e não colocaram opção para a gente, não disponibilizaram outras escolas. Nesses momentos a gente precisa de rede de apoio. Parece que não pensaram nas mães nem em quem realmente precisa. declarou Gabriela.
A Prefeitura mantém aulas presenciais para público de apenas 25%, em escala de revezamento. A administração pretende ampliar o número de alunos a partir do dia 3, quando as aulas poderão contar com 50% de ocupação.
Por meio de nota, a administração declarou que algumas aulas seguem remotas e que também é realizada entrega de materiais didáticos preparados pelos educadores. “O material é preparado para que as crianças ou responsáveis levem para serem desenvolvidos em casa, e posteriormente, devolvido às escolas”. Além disso a gestão informou que está realizando reformas nas parte elétricas, hidráulicas, trocas de telhados, portas, fechaduras portões e a substituição de revestimento de paredes e do chão.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.