Da relação de 17 postos de gasolina do Grande ABC apresentada pela Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) como integrantes do esquema de lavagem de dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital), 14 deles ainda têm permissão dos órgãos fiscalizadores para funcionar. Os estabelecimentos, suspeitos de venderem gasolina adulterada. não tiveram a inscrição estadual cassada.

Os três postos sem permissão são o Padova Auto Posto, no bairro Capuava, em Santo André, o Auto Posto Pieroni, na Vila Prosperidade, em São Caetano e o Auto Posto Dom João VI. Entretanto, alguns postos de Santo André que fazem parte da lista de envolvidos no caso resolveram se antecipar e fechar as portas, mesmo sem ordem da Secretaria de Estado da Fazenda. Auto Posto Pedrinho, na Vila Assunção, Auto Posto Patinhas de Utinga, na Vila Metalúrgica, e Auto Posto HJ, no Condomínio Maracanã, não estavam funcionando quarta-feira.

A fiscalização dos postos que vendem gasolina adulterada é feita pela Secretaria de Estado da Fazenda e pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). A interdição dos postos realizada pela agência segue as diretrizes da lei federal 9.847/99, que permite a reabertura do posto caso o proprietário do comércio troque toda o combustível dos tanques.

O fechamento definitivo do posto se dá quando o comércio tem sua inscrição estadual suspensa, ação que depende da Secretaria de Estado da Fazenda. Isso ocorre quando sucessivas vistorias detectam gasolina batizada nas bombas. Quando o posto tem inscrição cassada, seu registro também é cancelado na ANP e não pode funcionar mais. Terça-feira, o delegado-titular da Dise, Marcelo Bianchi, informou que já passou a relação dos postos aos órgãos fiscalizadores para que as medidas cabidas sejam tomadas. Entretanto, a Secretaria informou que só não pode informar o andamento das investigações sobre um posto até a conclusão do processo.