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Prefeitura entregará Brunão em novembro

Nova promessa da administração andreense prevê estádio pronto no início do próximo mês

Dérek Bittencourt
02/10/2021 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O Estádio Bruno Daniel ganhou uma nova data para reabertura. Desde a desmontagem do hospital de campanha, entre agosto e setembro de 2020, a Prefeitura mudou diversas vezes o prazo de entrega da praça esportiva, argumentando problemas relativos à pandemia, falta de material de construção, de verba e até mesmo atraso na licitação – fatos estes que impediram que o Santo André utilizasse o espaço nas disputas do Paulistão e da Série D do Brasileiro. No entanto, com o início da instalação do sistema de resfriamento, último passo antes da colocação do gramado sintético, a administração andreense se comprometeu a concluir as intervenções no Brunão até o início de novembro. Ao menos foi o que afirmou o Paço, em resposta ao Diário.

“O sistema de resfriamento já foi licitado e a instalação já foi iniciada”, explicou a Prefeitura, que apontou o que falta e será feito neste período até lá. “Conclusão da instalação do sistema de resfriamento, recapeamento da pista de atletismo e instalação do gramado. Conclusão prevista para o início de novembro”, continuou.

A partir daí, o poder público se compromete a resolver outra questão pendente: os laudos técnicos exigidos pela Federação Paulista de Futebol para utilização do espaço pelo Santo André nas competições estaduais. “Os novos laudos ou mesmo a prorrogação dos existentes serão imediatamente requeridos após a entrega do estádio reformado.”

O custo total da obra para transformação do campo de gramado natural para sintético, além da construção da pista de atletismo, segundo a administração pública, é de aproximadamente R$ 3,7 milhões, em investimento realizado com recursos próprios do município. No entanto, a secretaria de Esporte e Prática Esportiva pleiteia junto à secretaria Nacional de Esportes valores para concluir as obras no equipamento voltado ao atletismo: “a solicitação está em análise”, segundo o Paço.

A ideia é que o local não sirva apenas ao futebol e ao atletismo e, a partir da colocação do gramado artificial, o Bruno Daniel receba também outros tipos de eventos. “Com a reforma, o estádio poderá atender além de partidas de futebol, outras modalidades, como rúgbi, futebol americano, e ainda abrigar eventos culturais”, apontou a Prefeitura.

A administração andreense ainda não descarta uma situação que ganhou força nos últimos tempos: privatizar o estádio. “Todas as possibilidades estão em análise. A equipe responsável está estudando diferentes situações, entre elas a privatização do equipamento público”, encerrou.

Ramalhão anseia pela liberação

O Estádio Bruno Daniel foi construído no fim da década de 1960 e sua inauguração ocorreu em novembro de 1969, quando recebeu o Troféu Brasil de Atletismo. O primeiro jogo de futebol aconteceu em 14 de dezembro do mesmo ano, em amistoso entre Santo André e Palmeiras. De lá para cá, o Ramalhão foi o principal locatário e, por muito tempo, teve a concessão de uso do espaço, onde mandou jogos pelo Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil e até Libertadores. Desde a instalação do hospital de campanha e das obras no gramado, no ano passado, o time teve de mandar seus compromissos em outras praças esportivas, como Canindé (Capital) e Inamar (Diadema), onde não conseguiu ter efetivamente bons desempenhos: no Estadual deste ano, por exemplo, foi apenas uma vitória, além de três empates e duas derrotas, resultados que contribuíram para uma campanha irregular do time. Para 2022, no entanto, quando disputará a Série A-1 do Paulista e a Série D do Brasileiro, o clube anseia em poder definitivamente voltar para casa.

“A informação que temos é o término das obras do gramado em novembro. No conselho técnico, a ser realizado na segunda quinzena de outubro, iremos indicar o Estádio Municipal de Santo André como local de mando de nossos jogos. Teremos, então, até aproximadamente dia 5 de dezembro (45 dias antes do início do campeonato) para que sejam apresentados todos os laudos técnicos relativos ao estádio”, explica o presidente ramalhino, Sidney Riquetto, que acenou positivamente com o desejo em ter a concessão renovada.

O mandatário ainda espera que, a partir do momento que o Santo André possa utilizar o novo gramado (para jogos e treinos), torne o campo artificial – que ainda terá de passar por aprovação da Federação – em seu aliado. “Poderemos usar o gramado como ponto favorável”, crê Riquetto.

Torcedores se organizam para pressionar prefeito; vereadores cobram

Um grupo de torcedores do Santo André, temendo que o time não tenha o estádio apto para a disputa do Paulistão-2022, resolveu agendar uma reunião com o prefeito Paulo Serra (PSDB) para esclarecimentos sobre os atrasos das obras. O encontro aconteceria nesta semana, mas o chefe do Paço foi a Brasília justamente no dia marcado e adiou o compromisso para dia 5. A intenção é justamente dialogar em prol de respostas concretas, sobretudo porque a competição marcará o reencontro do Ramalhão com a torcida após quase dois anos, em razão da pandemia da Covid-19.

Paralelamente, alguns vereadores também resolveram solicitar posicionamento da Prefeitura. Ricardo Alvarez (PSOL) levou o tema à tribuna da Câmara e entrou com requerimento sobre informações do estádio. Pedrinho Botaro (PSDB), por sua vez, solicitou estudo visando adequação da acessibilidade das pessoas com deficiência ao Brunão, enquanto Marcio Colombo (PSDB) solicitou previsão oficial sobre retorno das atividades no local. 




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