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Jornalista diz ter sido agredido por policiais em São Caetano
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
14/03/2009 | 07:00
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O jornalista C.M.R., 34 anos, de São Caetano, disse ter sido espancado por um policial militar na madrugada da última segunda-feira. A vítima afirmou ter sido agredida pelas costas, desmaiou e caiu com o rosto no chão. A agressão foi presenciada por várias pessoas que estavam na rua.

A confusão começou quando o jornalista saiu no portão de sua casa, por volta da meia-noite, na Rua Capivari, no bairro Mauá, e viu um homem de bermudas descer a rua correndo. Em seguida, um policial militar teria vindo atrás com o revólver em punho e gritando ‘para senão atiro'. Nesse momento, o jornalista saiu para ver qual o que estava acontecendo. "Como cidadão, tenho direito de preservar a integridade de qualquer pessoa. E foi essa minha intenção", disse.

Ao perceber que a polícia agia de forma truculenta com o homem, o jornalista interveio. "O rapaz já estava algemado e o policial colocou o cassetete em sua garganta. A única coisa que falei foi para não agredir o moço, pois ele já estava imobilizado", contou.

O policial disse ao jornalista que o homem havia lhe agredido, por isso estava usando a força. "Eu disse que ele deveria levá-lo para a delegacia. Outro policial mandou eu calar a boca e sair do local. Quando virei as costas, ele pegou um cassetete que estava no chão e bateu na minha cabeça. Desmaiei por alguns minutos", disse.

O irmão do jornalista viu que ele estava ferido e o socorreu. "Tive um corte na boca, que precisou ser suturado com 20 pontos. Também estou com várias escoriações", disse.

Indignado com a situação, no dia seguinte o jornalista foi até o 6º Batalhão da Polícia Militar, em São Bernardo, e relatou o que tinha acontecido. "O pessoal foi extremamente atencioso. Registrou tudo em uma declaração e me orientou sobre o que deveria fazer", disse.

Para o jornalista, a atitude do policial foi de covardia e desrespeito. "Fui agredido pelas costas. Não tive chances de me defender. Não que seja mercenário, mas pedirei indenização ao Estado. Pago meus impostos e tenho esse direito."

Em nota, o CPA/M-6, responsável pelo policiamento da região, informou que elaborou termo de declaração para apuração dos fatos. A punição para casos como este varia, de acordo com a gravidade, desde sanção disciplinar até a reclusão.




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