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Moradores se mobilizam para acabar com bagunça na Figueiras
João Guimarães
Do Diário do Grande ABC
20/04/2008 | 07:27
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Imagine uma região onde, ao chegar em casa, os moradores precisem desviar de uma pilha de garrafas de cerveja vazias, carros com o som no último volume e jovens embriagados. Soa como um absurdo, mas esta é a rotina dos moradores da Rua das Figueiras, no bairro Jardim, em Santo André, uma das regiões mais nobres do Grande ABC.

Além de zona residencial, a via é conhecida por ser um dos principais pontos de encontro noturno do município. Mas, na opinião de alguns moradores do local, a bagunça extrapolou todos os limites nos últimos anos.

O técnico em operações petroquímicas Edmundo Guedes Magalhães Junior, 57 anos, é um dos que já cansaram da bagunça. “Já vi de consumo de drogas a sexo explícito. Na porta da minha casa, já acudi menores de idade desmaiados por causa do consumo excessivo de álcool”, afirmou.

Pela manhã, os comerciantes é que sofrem. A bagunça deixada na noite anterior não tem limites. A responsável por uma banca de revistas na rua, Ana Paula Jesus, 19, afirmou sofrer todos os dias para abrir o estabelecimento. “Eles ficam na rua e, como não têm banheiro, usam a banca mesmo. O mau cheiro é terrível”, disse.

Para ela, os catadores também causam bastante tumulto. “De manhã, os bares colocam seus lixos para fora. Eles reviram tudo para buscar as latas de alumínio. O problema é que eles espalham todo o resto do saco no chão.”

Causadores - Para Fernando Faria, 30, professor de uma escola de inglês na rua, o grande problema não são os freqüentadores dos diversos bares e restaurantes existentes na Figueiras, mas sim as pessoas que ficam nas calçadas. “É a molecada que faz bagunça. Quem está dentro dos bares não cria problemas.”

O movimento começa cedo. “Por volta das 22h, isso aqui já está lotado. Já perdi a conta de quantas vezes eles quebraram estes cestos de lixo públicos”, declarou Faria.

Quem concorda com a opinião do professor são os donos dos bares da rua. “Já tive de fechar a porta do meu estabelecimento diversas vezes para proteger meus clientes das brigas que acontecem do lado de fora”, disse o dono de um dos bares, João Maria Medeiros Bezerra. “O trânsito fica preso porque eles colocam o carro na rua mesmo, mas nós temos serviço de manobrista.”

Reivindicação - Preocupados com a situação, os moradores têm se reunido com a Prefeitura na tentativa de solucionar o problema. Para Magalhães Junior, a cada reunião, surge uma melhoria. “Mas vamos continuar em cima. Aquilo está uma balbúrdia”, afirmou.



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