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Motoristas protestam e deixam 6 mil sem ônibus em Sto.André
Christiano Carvalho
Do Diário do Grande ABC
05/05/2001 | 18:06
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  Um protesto de motoristas e cobradores de ônibus neste sábado pela manhã no Terminal Santo André deixou de 5 mil a 6 mil pessoas a pé entre as 4h e 9h, conforme informações da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano). A manifestação aconteceu por causa da morte da motorista de microônibus da Viação Humaitá Sueli Alves Bandler, na sexta-feira à tarde. Ela tinha 40 anos e foi assassinada com um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto por um grupo formado por dois rapazes e uma mulher que fazia bagunça no interior do coletivo, na rua Oratório, no Parque das Nações. Manifestação semelhante já havia acontecido entre 19h30 da sexta-feira até o início da madrugada pelo mesmo motivo.

As principais ruas do Centro de Santo André e o corredor de trólebus nos dois sentidos de todo trecho entre os terminais São Mateus (São Paulo) e Ferrazópolis (São Bernardo) foram afetados pela paralisação de um total de 300 coletivos. Os ônibus não podiam sair nem chegar ao terminal.

Segundo o sindicato, participaram desta segunda manifestação cerca de 700 trabalhadores, contra mil na noite anterior, quando foram prejudicados mais de 6 mil usuários. Diferentemente da informação da EMTU, o sindicato acredita que no máximo 4 mil usuários foram prejudicados neste sábado de manhã.

Deixaram de circular microônibus e carros convencionais das linhas intermunicipais operadas pelas empresas Metra, Eaosa (Empresa Auto Ônibus de Santo André), São Camilo, Utinga, Interbus, Parque das Nações, Padroeira, São José, ABC, Humaitá e Ribeirão Pires, e das linhas municipais feitas pela autoviação Curuçá, Expresso Guarará, e viações Nova Santo André e Guaianases. Todas passam ou fazem integração no Terminal Santo André. Alguns veículos dessas linhas que não pararam fizeram caminhos alternativos, evitando as ruas XV de Novembro, Bernardino de Campos, Siqueira Campos e Luis Fláquer e as avenidas Industrial e Queirós dos Santos.

Em todo o corredor de trólebus São Mateus-Jabaquara, 50% da frota – gerenciada pela EMTU e operada pela Metra – circulou no período do protesto, mas apenas no trecho entre os terminais Ferrazópolis e Jabaquara.

Segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Ivo Godoy, ocorrem por dia 40 assaltos a coletivos na região, sendo 12, em média, só em Santo André. “Já tivemos várias reuniões com a Polícia Militar. Alguns dias eles reforçam o policiamento, mas depois tudo volta ao normal”. afirmou. Em relação à questão, a assessoria de imprensa da EMTU informou apenas que há um trabalho conjunto com a Polícia Militar nos terminais, através dos postos fixos. Mas negou a existência de segurança específica no interior dos ônibus.




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