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Juiz anuncia novo procedimento para detectar contaminação
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
11/12/2008 | 07:12
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A 1ª Vara do Trabalho de Mauá apresentou ontem em audiência pública na Câmara Municipal o procedimento básico para a realização de perícias judiciais dos casos de contaminação por mercúrio envolvendo empregados da Philips. Em 1991, exames detectaram a presença do metal em níveis acima do permitido no organismo de dezenas de funcionários.

No encontro, presidido pelo juiz do trabalho Moisés dos Santos Heitor, duas peritas apresentaram o protocolo básico de avaliação e explicaram como serão realizadas as perícias.

Além da execução padrão, as peritas admitiram a possibilidade de fazer uso de medicação específica - um quelante - para detecção do mercúrio. A administração dessa droga seria feita aos pacientes no Hospital Doutor Radamés Nardini.

Acompanhando os trabalhos da audiência, alguns ex-funcionários da Philips que pedem indenização à empresa na Justiça ficaram receosos com a exposição do novo procedimento.

O juiz garantiu, no entanto, que nem todos deverão se submeter ao tratamento e que os casos já sentenciados não serão revistos. As peritas também ressaltaram que nenhum procedimento feito anteriormente, principalmente o que foi dado como positivo para contaminação, será descartado.

Funcionário da Philips por 24 anos e sete meses e fora da empresa desde 2004, Everaldo da Silva, 49, é um dos empregados que se contaminaram por mercúrio enquanto exerciam suas funções na fábrica de lâmpadas. "Sinto constantemente dores no corpo, muita dor de cabeça e outros sintomas", afirmou estendendo as mãos trêmulas.

Os danos causados à saúde por contaminação de mercúrio atingem principalmente o sistema nervoso central e a capacidade motora. Entre os sintomas mais comuns estão tremores, diminuição da força muscular, fadiga, perda de memória, irritabilidade e descontrole emocional.




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