Para a polícia, os atentados estão relacionados e teriam como pano de fundo uma concorrência para o transporte de veículos de uma empresa privada, vencida pela transportadora do empresário. Nos próximos dias, funcionários de uma das empresas que disputaram a concorrência devem ser chamados na delegacia para prestar depoimento. Apesar das evidências, os terroristas que coordenaram os ataques ainda não foram identificados. Quinta-feira, por pouco dois deles não foram presos.
Ao ver a carreta em chamas, investigadores do 7º DP (Distrito Policial) de São Bernardo foram até o entroncamento para ver o que estava ocorrendo. A aproximação das viaturas assustou os criminosos, que fugiram em dois caminhões. Antes, os homens ainda chutaram o motorista que transportava os carros e o ameaçaram, dizendo que aquilo era apenas o começo e que outras carretas seriam incendiadas nos próximos dias.
Os homens acompanhavam o caminhoneiro desde a avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo. No início, o motorista notou a presença apenas de um Santana verde e de um Gol branco no seu encalço. Com medo, o funcionário alterou os planos e, ao invés de seguir para a concessionária onde os carros seriam entregues, na avenida Ricardo Jafet, rumou para o pátio da transportadora, na Vila Vivaldi, a poucos metros da casa do dono da empresa, onde dias antes explodiu a granada.
Na Anchieta, um caminhão se uniu à perseguição. Foi ele que, ao lado de outro caminhão, conseguiu interceptar a carreta na avenida Taboão. Para conseguir armar a emboscada, os dois veículos voaram pela contramão de uma rua paralela à via e bloquearam o avanço do caminhão no corredor de acesso à Anchieta. Da janela da cabine, um dos criminosos arremessou a garrafa do coquetel molotov, com um pavio acesso junto à tampa.
Por pouco a bomba não acertou a cabine do carreta, onde estava o motorista. A garrafa explodiu na calçada, ao lado do veículo. Outros dois coquetéis foram arremessados na seqüência, atingindo os Pegeout. Com a chegada da polícia, o caminhoneiro conseguiu manobrar os carros para fora da cegonheira, evitando que o fogo se alastrasse para outros veículos que estavam no alto da carreta.
Apesar do resgate rápido, o pouco tempo de exposição ao fogo resultou no derretimento dos párachoques dos dois carros e na queima da pintura de um dos veículos.
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