Ainda menino em Los Angeles, Groban ingressou em uma escola de canto por embalo. Como ainda não pretendia seguir carreira como cantor, interrompeu por cerca de três anos seus estudos de música para se dedicar ao ensino secundário. Só depois de participar de um festival, voltou a ter aulas.

Em 1998, veio sua grande chance. Seu professor de música era amigo do produtor David Foster (que havia trabalhado com Natalie Colie, Celine Dion, Paul McCartney, Whitney Houston e outros). Por indicação do mestre, Foster convidou Groban para cantar na cerimônia de posse do governador da Califórnia.

O garoto agradou tanto que um mês depois, aos 17 anos, subiu ao palco do Shrine Auditorium para ensaiar com Celine Dion para a festa do Grammy: Groban estava substituindo Andrea Bocelli. A partir daí, os convites não pararam mais. O intérprete fechou contrato para a gravação deste disco, que já vendeu 1 milhão de cópias só nos Estados Unidos.

O gênero pop-lírico está em ascensão, e Groban é jovem, bonito e talentoso, mas não um “fenômeno”.

Ao longo das 13 variadas faixas deste repertório, o cantor faz boas interpretações. Há desde a pop Canto Alla Vita, com participação do grupo The Corrs, até o previsível duo com Charlotte Church em The Prayer.

Canta afinado, mas com pouco sentimento, a famosa Jesus, Joy of Man’s Desiring (Jesus, Alegria dos Homens), de Bach, e mostra que tem mesmo vocação para o pop, em faixas como Alejate e To Where You Are.

Uma hora, Josh terá de decidir entre o pop e o lírico. Para o primeiro, está pronto; mas para o mundo das óperas, falta amadurecer e explorar as nuanças de sua voz.