Cobertura é baixa ao fim da primeira fase da campanha, que engloba crianças até 6 meses a 6 anos, gestantes, puérperas e profissionais de saúde
Menos de 40% das crianças entre 6 meses e 6 anos, das gestantes, das puérperas e dos profissionais de saúde das cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema já se vacinaram contra a gripe (Influenza). Terminou na sexta-feira a primeira fase da campanha, que tinha esses públicos, além da população indígena, com prioritários.
Em Santo André, apenas 21% dos 51.391 munícipes que compõem o público prioritário se vacinou. Em São Bernardo, das 96 mil pessoas que deviam ser imunizadas, apenas 37.381 compareceram aos postos de saúde. Em São Caetano, até quarta-feira, haviam sido vacinadas 8.013 pessoas, em um universo de 15 mil munícipes. Já em Diadema, 48.261 moradores devem se imunizar, mas foram aplicadas apenas 18.255 doses. Os demais municípios não informaram.
A partir de amanhã, devem se vacinar pessoas com 60 anos ou mais e professores das redes públicas e privadas. Em 9 de junho, começam a ser imunizadas pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.
As fases são cumulativas, ou seja, a pessoa que não tomou no período destinado ao seu público pode procurar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para ser imunizada. A vacinação contra o vírus influenza é ainda mais importante em meio à pandemia, já que a proteção diminui a procura por unidades de saúde. Além disso, favorece o diagnóstico mais preciso de casos de síndromes gripais, que podem facilmente ser confundida com a Covid-19.
Em todo o Estado de São Paulo, de acordo com dados do governo, a adesão à vacinação nos grupos da primeira fase da campanha está abaixo dos 30%. “Fazemos um apelo aos nossos trabalhadores do SUS (Sistema Único de Saúde) e dos serviços privados para que deem o exemplo e se vacinem. Também solicitamos às famílias que cuidem da vacinação das crianças e das mães que estão em gestação ou tiveram seus bebês recentemente. Isso é um gesto de amor e cuidado”, diz a diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Nubia Araújo.
“A gripe e a Covid-19 são doenças respiratórias circulando simultaneamente e, por isso, toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. A vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus, que garantem a devida proteção”, complementa.
COVID-19
De acordo com especialistas, quem está nos grupos da campanha de gripe e também estiver entre os públicos prioritários da vacinação contra Covid-19 deve respeitar um intervalo de 14 dias para receber doses destinadas à prevenção contra estas doenças. Se houver interesse em intercalar o cronograma, como o imunizante contra o novo coronavírus é aplicado em duas doses, é possível receber a primeira, aguardar 14 dias para receber a da gripe, e depois esperar no mínimo mais 14 dias para tomar a segunda dose contra a Covid-19.
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