Atualizada às 16h58

A prefeitura dhe Ribeirão Pires informou, por meio de nota na manhã desta terça-feira (27), que o município está com o estoque de kits de entubação praticamento zerados. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a cidade só dispõe de quantidade suficiente para dois dias. No estoque já faltam Midazolam (sedativo) e Fentanil (analgésico), utilizados nos pacientes que necessitam de auxílio de ventilação mecânica como parte do tratamento.

A prefeitura esclarece que a equipe médica está sendo obrigada a ministrar outros medicamentos para compensar a falta desses. "A administração municipal tem feito todos os esforços para contornar essa situação, porém, depende exclusivamente dos governos Estadual e Federal que, até o momento, não deram previsão para o envio de novos medicamentos", acrescentou. 

A escassez dos medicamentos destinados para esse fim é um problema recorrente no País desde o início da segunda onda da pandemia. No fim da semana passada o Ministério da Saúde solicitou verba extra para compra dos medicamentos utilizados para esse fim, mas precisou reduzir os pedidos imediatos após quesionamentos do Ministério da Economia, que cobrou mais informações antes de liberar a verba. A opção da pasta é a de repassar o dinheiro a conta-gotas, em parcelas menores, de acordo com a necessidade e a evolução da doença. 

Como resultado, o governo liberou R$ 2,7 bilhões, por meio de MP (Medida Provisória), na semana passada, valor abaixo dos R$ 15 bilhões que pedia a Saúde. A mudança fez a expectativa de compra de kits de entubação cair pela metade. Com cerca de 17,5% do pedido atendido, a Saúde ainda aguarda o aval para receber outros R$ 8,5 bilhões para combate da pandemia.

O Diário questionou os governos estadual e federal sobre a situação de Ribeirão Pires e aguarda retorno. Questionadas, as demais prefeituras da região afirmaram não tem problema com estoque e não correm risco de desabastecimento.