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Desalojados da Vila Ferreira precisam sair de hotel
Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
26/07/2011 | 07:33
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Das 414 famílias retiradas do terreno da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado na Vila Ferreira, em São Bernardo, na semana passada, pelo menos 30 ainda não têm para onde ir. O prazo para que parte das famílias saísse do hotel onde estavam abrigadas era ontem. Só poderiam permanecer no abrigo aquelas cujos cheques - ajuda de custo de R$ 1.200 que a CDHU disponibilizou - ainda não estivessem prontos.

Depois de conversa entre os advogados dos desalojados, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB São Bernardo, Olinda Caetano Garcia, e o prefeito Luiz Marinho (PT) ficou acertado que a secretária de Desenvolvimento e Cidadania da cidade,, Márcia Barral, tentaria contato com a CDHU, de modo que as famílias com crianças ficassem amparadas até encontrarem abrigo.

Ao voltarem ao hotel, no entanto, os representantes das famílias foram informados que o prazo final se esgotaria hoje, tendo como exceção casos específicos, como os de pessoas que tivessem sofrido procedimento cirúrgico recentemente. Cinco casais sem filhos teriam, inclusive, de sair na noite de ontem. Porém, até o fechamento desta edição eles ainda estavam no hotel.

"Saímos contentes da conversa com o prefeito e com a Márcia (Barral), mas quando chegamos aqui, eles (do hotel) disseram que amanhã (hoje) a CDHU quer o hotel totalmente desocupado", disse Olinda Garcia. "Eles estão irredutíveis."

A diarista Edinalda Maria de Lima, 26, estava desalojada com os quatro filhos. Ela veio de Pernambuco há pouco mais de um ano vislumbrando um futuro melhor para a família. "Eu trabalhava o dia inteiro e ganhava R$ 5 ou R$ 10. A gente passava muita necessidade", dizia, chorando. "Não tenho nenhum parente aqui para me ajudar."

Hoje, às 10h, haverá nova reunião com representante da companhia e das famílias, na tentativa de novo acordo.




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