Aposentada testou positivo em novembro, mas nunca se recuperou totalmente da doença
A família da aposentada Helena Guide, 76 anos, moradora de Santo André, acusa o convênio Santa Helena de negligência. A paciente foi diagnosticada com Covid em novembro, mas, desde então, nunca se recuperou. Por insistência dos familiares, no fim de janeiro novo exame foi realizado e em 8 de fevereiro o resultado mostrou que ainda havia a contaminação pelo coronavírus.
Filha de Helena, a dona de casa Eliana Piai, 54, relatou que por diversas vezes levou a mãe ao pronto atendimento do plano de saúde, pedindo novo exame, mas sempre foi negado. A orientação era que ela descansasse. “Minha mãe foi diagnosticada depois que o companheiro dela morreu de Covid. Desde então, ela nunca esteve bem, mas os médicos nunca faziam novo exame”, detalhou.
Passados os 14 dias após o diagnóstico, a idosa voltou a minimamente socializar com a família, e a filha mais nova, o genro e uma neta também foram diagnosticados com a doença. “Nos reunimos no aniversário da minha filha, poucas pessoas. Ela estava contaminada, mas a gente não sabia”, lamentou.
Após várias idas aos prontos- socorros do plano, a família conseguiu que fosse solicitado novo exame. A amostra foi colhida em 27 de janeiro e o resultado, em 8 de fevereiro, foi positivo. “Várias vezes perguntei se ela não deveria ser internada e diziam que não. Não sabemos se ela ficou contaminada esse tempo todo, se ela se contaminou de novo. Isso precisava ser esclarecido”, reclamou Helena.
Questionado, o convênio Santa Helena Saúde, que pertence à Amil, informou que entrou em contato com a família para esclarecimentos e para confirmar a liberação do exame sorológico para testagem da Covid. “É importante ressaltar que, conforme critérios de cobertura previstos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), pacientes que já tenham realizado exame PCR prévio com resultado positivo não terão direito a nova cobertura”, diz o comunicado.
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